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Acusação contra opositor venezuelano está "aberta", mas "paralisada", diz advogado

O opositor deixou a Venezuela no dia 7 de setembro para se exilar na Espanha

Edmundo Gonzalez UrrutiaEdmundo Gonzalez Urrutia - Foto: Federico Parra / AFP

A investigação criminal contra o candidato opositor Edmundo González Urrutia relacionada às suas denúncias de fraude eleitoral na Venezuela continua vigente, embora "paralisada", após o exílio do político na Espanha, afirmou seu advogado nesta segunda-feira (16).

"A investigação continua aberta, mas em 'stand-by' ou paralisada", declarou José Vicente Haro, representante legal de González Urrutia, afirmando que a "ordem de prisão segue vigente".

O opositor deixou a Venezuela no dia 7 de setembro para se exilar na Espanha, após um mês na clandestinidade e acusado de crimes como "conspiração", "usurpação de funções", "sabotagem" e "desobediência às leis".

O candidato presidencial reivindica sua vitória nas eleições presidenciais de 28 de julho sobre o presidente Nicolás Maduro, proclamado reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos. A oposição denunciou fraude e publicou as atas eleitorais em um site, com forma de garantir a sua vitória.

A plataforma online foi o centro da investigação contra o embaixador de 75 anos, que concorreu como substituto da líder opositora María Corina Machado, inabilitada politicamente.

O salvo-conduto que lhe permitiu sair do país foi processado pela embaixada espanhola em Caracas. Haro insistiu em que o "fato de que (González) tenha solicitado asilo não quer dizer de forma alguma que aceite os crimes".

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não publicou os detalhes da apuração mesa por mesa, conforme exigido por lei.

O advogado espera que o Ministério Público o convoque para encerrar o caso, embora considere que esta possibilidade é "remota" em meio às tensões com a Espanha, agravadas depois que o Congresso propôs o reconhecimento do opositor como presidente eleito da Venezuela e a captura de dois espanhóis que as autoridades venezuelanas associaram a um plano para "desestabilizar" o país.

"De qualquer forma, solicitarei o encerramento oficial do caso", disse Haro.

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