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Crise Internacional

Adesão de Suécia e Finlândia à Otan não seria problema para a Rússia, diz Putin

Presidente russo falou durante coletiva de imprensa em Ashkhabat, durante sua visita ao Turcomenistão

Presidente russo, Vladimir Putin, durante visita ao TurcomenistãoPresidente russo, Vladimir Putin, durante visita ao Turcomenistão - Foto: Grigory Sysoyen / SPUTNIK / AFP

A Rússia não veria "problemas" numa eventual adesão de Suécia e Finlândia à Otan, assegurou nesta quarta-feira (29) o presidente russo, Vladimir Putin, durante visita ao Turcomenistão.

"Não temos problemas com Suécia e Finlândia como os que temos com a Ucrânia", disse Putin durante coletiva de imprensa em Ashkhabat, capital do Turcomenistão. 

"Nós não temos diferenças territoriais", continuou o presidente russo.

"Não há nada que nos incomodaria caso a Suécia e a Finlândia ingressem na Otan. Se a Finlândia e a Suécia desejarem, podem aderir. Cabe a eles. Podem aderir ao que quiserem", reforçou.

No entanto, "se contingentes e infraestrutura militares fossem mobilizados lá, seríamos obrigados a responder de forma simétrica e fazer as mesmas ameaças àqueles territórios de onde tiverem surgido ameaças a nós", disse Putin.

Suécia e Finlândia decidiram se candidatar a ingressar na Otan depois que a Rússia lançou sua operação militar na Ucrânia pró-Ocidente em 14 de fevereiro.

O processo formal de adesão foi iniciado nesta quarta-feira (29) durante a cúpula da Otan, em Madri.

Até agora, a Rússia sempre tinha sido crítica da perspectiva de os dois países nórdicos aderirem à Aliança Atlântica, dizendo que este seria um "fator desestabilizador" para a segurança internacional.

Putin também criticou as "ambições imperialistas" da Otan, acusando a Aliança de tentar assegurar sua "supremacia" através do conflito na Ucrânia.

"A Ucrânia e o bem-estar do povo ucraniano não são o objetivo do Ocidente e da Otan, mas representam um meio de defender seus próprios interesses", disse Putin.

"Os líderes dos países da Otan desejam garantir sua supremacia, suas ambições imperiais", acrescentou.

A Aliança Atlântica e, "acima de tudo, os Estados Unidos, precisaram durante um longo tempo de um inimigo externo em torno do qual pudessem unir seus aliados", afirmou o líder russo.

"O Irã não era bom para isso. Nós lhes demos a oportunidade de reunir o mundo inteiro em volta deles", alfinetou. 

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