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rio de janeiro

Advogada de mulher que levou cadáver a banco diz que idoso chegou vivo à agência

Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi autuada em flagrante e responde por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude

Érika de Souza Vieira Nunes, que levou o cadáver de um homem a uma agência do Itaú Unibanco, em Bangu, na zona oeste do Rio de JaneiroÉrika de Souza Vieira Nunes, que levou o cadáver de um homem a uma agência do Itaú Unibanco, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro - Foto: Reprodução/Internet

A defesa de Érika de Souza Vieira Nunes, presa na terça-feira após levar um cadáver a uma agência bancária, informou que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, chegou vivo ao local. A advogada Ana Carla Souza Correa diz existirem testemunhas que confirmam esse fato e que tudo será apresentado "no momento oportuno". Ela acrescentou que tem "documentos sobre o empréstimo (de R$ 17 mil), que serão apresentados em juízo no momento oportuno".

— Temos como provar que ela cuidou dele — destacou Ana Carla.

Érika deixou a 34ªDP na manhã desta quarta-feira e seguiu para o Instituto Médico-Legal (IML) de Campo Grande, para realizar exames de corpo de delito. Posteriormente, seguirá para Benfica, na Zona Norte, onde passará por audiência de custódia. Érika deixou a delegacia com um casaco sobre o rosto.

Ainda de acordo com a defesa, Érika e seus parentes moram no mesmo terreno no qual morava o idoso, na Vila Aliança.

— O senhor Paulo sempre foi independente, mas, de um tempo para cá, passou a ter a saúde debilitada. Não somente pela idade, mas porque era uma pessoa alcoólatra. Então, precisou de maiores cuidados.

À polícia, Érika afirmou que seu tio havia sido internado com pneumonia uma semana antes na UPA de Bangu, tendo recebido alta na véspera da ida ao banco.

O delegado Fábio Luiz Souza, titular da 34ª DP (Bangu) afirma que Érika não demonstrou tristeza pela morte do tio, Paulo Roberto Braga. Em depoimento, ela se limitou a dizer que cuidava dele e que estava vivo ao entrar no banco, na tarde de terça-feira. Ela foi presa em flagrante após a constatação de que levou um cadáver para sacar o empréstimo no valor de R$ 17 mil.

— Em nenhum momento percebi tristeza ou arrependimento. Ela só falava que ele estava vivo e que sempre cuidou dele. Só demonstrava tristeza por estar em uma delegacia e poder ser presa, mas não pelo tio. Não demonstrou, em nenhum momento, a tristeza de uma pessoa que perde um ente querido. — afirmou o delegado.

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