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manifestação

Agricultores franceses bloqueiam porto por melhorias salariais e contra acordo UE-Mercosul

Os manifestantes exigem do governo soluções "estruturais" para a profissão, segundo a líder sindical Aurélie Armand

Gendarmes (D) estão trabalhando para dispersar fazendeiros que bloqueiam o centro de compras de Leclerc como parte de um movimento nacional contra um possível centro de acordo comercial entre a UE e a América LatinaGendarmes (D) estão trabalhando para dispersar fazendeiros que bloqueiam o centro de compras de Leclerc como parte de um movimento nacional contra um possível centro de acordo comercial entre a UE e a América Latina - Foto: Thibaud Moritz / AFP

Agricultores bloquearam o porto Bordeaux, no sudoeste da França, nesta quinta-feira (21), no quarto dia de protestos para aumentar a pressão contra a assinatura do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, e para exigir melhorias salariais.

Membros do sindicato Coordenação Rural bloquearam novamente o acesso ao sexto maior porto da França e a um depósito de petróleo com pneus, cabos e tratores, o que gerou uma longa fila de caminhões.

Os manifestantes exigem do governo soluções "estruturais" para a profissão, segundo a líder sindical Aurélie Armand. "Queremos reformas para viver, para termos um salário decente", acrescentou.


Ainda no sudoeste, agricultores do sindicato continuam ocupando uma unidade da rede varejista de alimentos Leclerc. As autoridades exigem que o local seja desocupado até sexta-feira.

Em Estrasburgo (nordeste), uma dúzia de tratores tomou o centro da cidade para distribuir 600 quilos de maçãs aos pedestres.

Menos de um ano depois de uma mobilização histórica, os sindicatos agrícolas denunciam que o governo não cumpriu todas as promessas feitas, e temem a assinatura de um acordo comercial entre UE e Mercosul.

"Nos próximos dias, farei anúncios sobre a simplificação" burocrática para o setor, afirmou a ministra da Agricultura, Annie Genevard, nesta quinta-feira.

A ministra defendeu ainda que os pesticidas "autorizados na Europa sejam também autorizados na França", uma reivindicação tradicional do setor que acredita que a legislação francesa é muito mais rigorosa e prejudica a sua capacidade de competir dentro do bloco europeu.

Uma das suas exigências é, por exemplo, a retomada da autorização de um inseticida neonicotinoide, utilizado pelos produtores de beterraba-sacarina e de avelã.

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