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Ajuda financeira dos EUA à Ucrânia "não pode esperar", alerta Biden

A seu entender, a ajuda à Ucrânia é tão crucial que ele afirma estar disposto a fazer "concessões significativas" aos republicanos

Presidente norte-americano, Joe BidenPresidente norte-americano, Joe Biden - Foto: Jim Watson/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pressionou nesta quarta-feira (6) o Congresso para que aprove mais ajuda militar para a Ucrânia, anunciando que seu homólogo russo Vladimir Putin não vai parar na Ucrânia e, caso ataque um membro da Otan, haverá "tropas americanas lutando contra tropas russas".

A seu entender, a ajuda à Ucrânia é tão crucial que ele afirma estar disposto a fazer "concessões significativas" aos republicanos, que bloqueiam há bastante tempo medidas mais drásticas para impedir a chegada de migrantes em situação irregular através da fronteira com o México.

“Isto não pode esperar”, disse Biden em um discurso na Casa Branca.

“Francamente, acredito que é surpreendente que tenhamos chegado a este ponto, no qual os republicanos no Congresso estão dispostos a dar a Putin o maior presente que ele esperar”, acrescentou.

Pouco antes, Biden manteve uma videoconferência com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e os líderes do G7 para debater como reforçar a ajuda ocidental para Kiev.

Biden anunciou que se Putin, que tentou uma invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, derrotasse seu vizinho pró-Ocidente, "ele não vai parar por aí".

O líder russo "seguirá em frente, deixou isso bem claro". Além disso, se a Rússia atacar um membro da Aliança Atlântica, "então teremos algo que não buscamos e que não temos hoje: tropas americanas lutam contra tropas russas", frisou.

Na terça-feira, Zelensky cancelou uma intervenção por videoconferência com senadores americanos sem apresentar um motivo.

Está previsto que o Senado vote hoje um pacote de emergência de 106 bilhões de dólares (cerca de R$ 520 bilhões na cotação atual) que inclui ajuda para três frentes: Ucrânia, a guerra de Israel contra o grupo islâmico palestino Hamas e a segurança fronteiriça com oMéxico.

Os republicanos do Senado condicionaram seu apoio a que os democratas de Biden aceitem reformar o sistema de asilo e aplicar medidas mais estritas na fronteira.

"Estou disposto a fazer concessões significativas na fronteira. Precisamos recuperar o sistema fronteiriço que não funciona. Está quebrado. E até agora não recebi resposta", afirmou Biden.

A Casa Branca anuncia que os recursos para a Ucrânia se esgotam antes do fim deste ano se o Congresso não aprovar mais ajuda.

O apoio do Ocidente à Ucrânia parece estar se esgotando no momento em que a contraofensiva de Kiev vacila. Na semana passada, Putin firmou um decreto para aumentar as forças russas em cerca de 170.000 efetivos.

Recentemente, Moscou pediu um possível acordo de paz com uma Ucrânia reduzida e neutra, que Kiev rejeitou taxativamente.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse à AFP esta semana que uma paz rigorosa com a Ucrânia só poderá ser conseguida se o Ocidente deixar de enviar armas e se Kiev aceitar "novas realidades territoriais".

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