GAZA

Al Jazeera condena decisão 'criminosa' de Israel de fechar seus escritórios

A Al Jazeera cobriu as consequências da ofensiva israelense em Gaza desde o início da guerra

Jornalista da AJazeera ao lado dos escombros da Torre de Jala, que abrigava escritórios de imprensa internacionais, após um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza em 15 de maio de 2021Jornalista da AJazeera ao lado dos escombros da Torre de Jala, que abrigava escritórios de imprensa internacionais, após um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza em 15 de maio de 2021 - Foto: Mohammed Abed / AFP

O canal de notícias Al Jazeera, com sede no Catar, qualificou neste domingo (5) de "criminosa" a decisão do governo israelense de proibir a transmissão da rede para a sua cobertura da guerra na Faixa de Gaza.

"Condenamos e denunciamos este ato criminoso de Israel que viola o direito humano de acesso à informação", disse o canal em um comunicado, acrescentando que iria tomar medidas legais.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo que o seu governo decidiu por unanimidade fechar o canal, que deixou de transmitir algumas horas depois.

A Al Jazeera tem sido alvo de críticas há meses por parte do governo de Netanyahu, embora a disputa entre os dois tenha começado muito antes da guerra de Israel contra o Hamas em Gaza.

A rede afirmou que "recorrerá a todas as vias legais disponíveis, através de instituições jurídicas internacionais, nos seus esforços para proteger tanto os seus direitos como os dos jornalistas, assim como o direito do público à informação".

"A contínua repressão de Israel à liberdade de imprensa, vista como um esforço para ocultar as suas ações na Faixa de Gaza, viola o direito internacional e humanitário", denunciou a estação.

"Ataques diretos e assassinatos de jornalistas, prisões, intimidações e ameaças por parte de Israel não impedirão a Al Jazeera" de cobrir eventos na área, acrescentou.

A Al Jazeera cobriu as consequências da ofensiva israelense em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro.

O escritório da rede no estreito território palestino foi bombardeado e dois dos seus correspondentes morreram.

O ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, disse ter emitido a ordem para fechar o canal, confiscar equipamentos e restringir a transmissão aos sites da Al Jazeera, em uma declaração conjunta com Netanyahu.

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