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Alcances de cinco a 160 quilômetros: conheça parte do arsenal do Hamas usado em ofensiva a Israel

Ataque de sábado (7) teve lançamento de mísseis e foguetes entre antigos e mais novos do armamento dos extremistas

Iron Dome intercepta mísseis vindo da Faixa de GazaIron Dome intercepta mísseis vindo da Faixa de Gaza - Foto: Eyad Baba / AFP

A longa história de conflitos entre o grupo extremista Hamas e as forças de Israel levaram ao desenvolvimento de largos arsenais de guerra, que desde a década de 1990 vêm acelerando na produção de foguetes e mísseis. No sábado (7), nos ataques do Hamas reaqueceram o conflito, que já deixou mais de 2 mil mortos (cerca de 900 no lado palestino e 1.200 no lado israelense) nos últimos dias. Por anos investindo em inteligência e tecnologia, as forças israelenses foram surpreendidas por cerca de 2.500 mísseis. Uma parte deles teria superado o Iron Dome, sistema de detecção que intercepta boa parte dos ataques aéreos ao país — embora as forças de defesa não confirmem o número. Um movimento facilitado pela variedade e quantidade desse arsenal.

Segundo o jornal americano New York Times, o ataque de sábado teve uso de mísseis e foguetes dos mais antigos aos mais novos. O armamento do Hamas seria, em sua maioria, de design iraniano, levado para a Faixa de Gaza como componentes e montados por lá.

Além de drones, morteiros e outras armas menores, o grupo dispõe de mísseis que chegam a até 160 quilômetros de alcance. Para efeitos de comparação, a cidade de Tel Aviv, uma das que registrou ataques no conflito, fica a cerca de 70 quilômetros de distância da Faixa de Gaza.

Entre as principais armas desse arsenal estão os foguetes Qassam, de menor porte, utilizados desde o início dos anos 2000. Dependendo do tipo, eles variam em tamanho — entre 1,8m e 2,4m de comprimento — e em capacidades de alcance e direção. As versões mais pesadas chegam aos 50 kg, com 9 kg de explosivos na cabeça.

Uma munição mais pesada é a série de mísseis Fajr, de origem iraniana e utilizada e aperfeiçoada desde os anos 1990, atualmente no Fajr-5. Segundo especialistas, o míssil de 5,6 metros e 90kg ganhou uma versão local, o M-75. Ambos têm alcance de até 75 km.

A partir de 2014, o J-80 e o R-160, mísseis capazes de percorrer longa distâncias, começaram a aparecer no conflito. Como os nomes indicam, seus alcances são de até 80 e 160 quilômetros, respectivamente. O J-80 é batizado em homenagem a Ahmed al-Jabari, um dos antigos comandantes do grupo, morto em uma das batalhas do conflito, em 2012.

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