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Política

Alemanha aprova medidas para suporta sua política migratória

A medida também beneficiou o partido de extrema direita AfD (Alternativa para Alemanha)

Bandeira da AlemanhaBandeira da Alemanha - Foto: Jannoon028/Reprodução Freepik

Os parlamentares da Alemanha aprovaram, nesta quinta-feira (18), uma série de medidas para suportar a política migratória do país, onde o número de solicitantes de asilo aumentou com força no ano passado.

O crescimento de mais de 50% dos pedidos de asilo na Alemanha no ano passado, juntamente com a recepção de um milhão de refugiados ucranianos, põe à prova as capacidades das autoridades locais.

A medida também beneficiou o partido de extrema direita AfD (Alternativa para Alemanha), que apresenta forte crescimento nas pesquisas.

“Vamos garantir que as pessoas que não têm o direito de ficar no nosso país sejam obrigadas a sair mais rapidamente”, declarou nesta quinta-feira a ministra do Interior, Nancy Faeser, sobre o plano que busca “expulsar de forma mais rápida e eficaz ".

“Deportar as pessoas cujo pedido de asilo foi negado para seus países de origem vai liberar recursos para as pessoas que a Alemanha tem que acolher”, afirmou.

“Os que fogem da guerra e do terrorismo podem contar com o nosso apoio”, acrescentou Faeser, que integra o partido social-democrata do chanceler Olaf Scholz, que governa em coalizão com os verdes e os liberais.

As medidas adotadas dão mais faculdades à polícia para buscar pessoas que tenham recebido uma ordem para deixar o país e identificar os migrantes.

Além disso, a duração máxima de detenção antes da expulsão vai passar de 10 a 28 dias, para dar mais tempo às autoridades para organizar as expulsões.

As associações de defesa dos direitos humanos criticaram essas novas disposições, e a Associação de Advogados Alemães afirmou que não há “proporcionalidade”.

O governo considera que este conjunto de medidas permitirá 600 expulsões adicionais por ano.

Faeser destacou que a aplicação mais dura da política existente levou, no ano passado, a um aumento de 27% das expulsões, alcançando um total de 16.430.

Segundo os números oficiais, em 2023 foram registrados 329.120 novos pedidos de asilo.

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