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EUA

Alemanha pede calma a Trump e diz que democracia precisa de 'perdedores decentes'

O presidente americano tem falado na possibilidade de fraudes desde antes da eleição e, nesta madrugada, fez pronunciamento afirmando que a eleição estava sendo "roubada"

Donald TrumpDonald Trump - Foto: Mandel Ngan / AFP

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, pediu calma ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que colocar em dúvida a legitimidade da eleição é irresponsável.

"Qualquer um que continue jogando óleo no fogo em uma situação como essa está agindo de forma irresponsável", disse o ministro alemão em entrevista ao grupo de mídia Funke, nesta sexta (6). "Agora é a hora de manter a cabeça fria até que um resultado determinado de forma independente esteja disponível", afirmou.

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O presidente americano tem falado na possibilidade de fraudes desde antes da eleição e, nesta madrugada, fez pronunciamento afirmando que a eleição estava sendo "roubada". Emissoras de TV americanas chegaram a interromper a transmissão, afirmando que Trump mentia.

Maas afirmou que os Estados Unidos não são um "show de um homem só" e que "perdedores decentes são mais importantes para o funcionamento de uma democracia do que vencedores radiantes".

Na França, segundo maior economia da União Europeia, o ministro das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, disse acreditar que as instituições dos EUA vão validar o resultado de "uma votação histórica, em termos de comparecimento e de tensão".

As declarações do presidente americano colocando em dúvida as eleições democráticas também causaram "preocupação" no alto representante para Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell.

No Reino Unido, a oposição criticou o governo britânico por não criticar as acusações de fraude feitas por Trump. "O silêncio de Boris Johnson [primeiro-ministro] e Dominic Raab [ministro das Relações Exteriores] enquanto Donald Trump tenta minar o direito do povo americano a eleições livres e justas é uma desgraça nacional", afirmou o ministro da Justiça do governo paralelo, David Lammy.

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