Amamentação: benefícios para mães e bebês
Desde 1992, OMS e Unicef realizam uma campanha de incentivo ao ato: o Agosto Dourado, que recebe essa cor em alusão ao padrão ouro de qualidade do leite materno
O primeiro alimento que um recém-nascido tem contato quando sai do útero é o leite materno. Considerado completo para o bebê, ele contém os nutrientes necessários para um desenvolvimento pleno, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde. Tamanha é a importância da amamentação, que, desde 1992, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) realizam uma campanha de incentivo ao ato: o Agosto Dourado, que recebe essa cor em alusão ao padrão ouro de qualidade do leite materno.
De acordo com a pediatra Vilneide Braga, a amamentação pode perdurar até os dois anos de idade ou mais, mas, até os seis meses, o leite da mãe deve ser o alimento exclusivo do bebê. "Quando o leite materno é a única fonte de nutrição da criança nos primeiros seis meses, as chances de desenvolvimento de obesidade e hipertensão arterial são menores", afirma Vilneide. "Já em relação a duração da amamentação, existem pesquisas que apontam uma relação diretamente proporcional entre o tempo maior de aleitamento materno e o coeficiente de inteligência da criança", emendou a pediatra.
(PODCAST) Canal Saúde - Agosto Dourado reforça a importância da amamentação
Mães também se beneficiam
E os bebês não são os únicos que saem ganhando nesse processo. As mães também são beneficiadas no ato de amamentar, já que ele diminui a incidência de câncer de mama, previne contra doenças cardiovasculares, ajuda na redução do peso adquirido durante a gestação e diminui o sangramento pós-parto.
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Dificuldades
Embora seja indispensável, algumas mães encontram obstáculos pelo caminho. Foi o caso da fisioterapeuta Laura Beatriz, mãe da pequena Maria Liz, que, apesar de todo o preparo ao longo do pré-natal, se deparou com dificuldades. "De início, meu bico ficou ferido. Com banho de sol, pomada e pega correta, eu consegui resolver. Depois, tive mastite com abscesso por causa da minha hiperlactação. Esse problema, só consegui resolver no hospital", relatou.
Entre as dificuldades mais comuns, estão as dores, que podem ser causadas pela pega incorreta; o bico machucado; o acúmulo de leite, que pode provocar a mastite; entre outros, conforme explica a doula Mayara Lima.
"É importante que as mães saibam que esses problemas são comuns e têm solução. Existem técnicas que minimizam essas dificuldades e tornam esse momento como ele deve ser: prazeroso", afirmou a doula. "Massagem estimulante, ordenha, drenagem de leite, adequação da posição, tudo isso vai influenciar na boa amamentação. Além disso, a mãe precisa de apoio familiar e, caso queira, do acompanhamento de uma profissional, que vai ajudá-la conforme a necessidade", finalizou a doula.
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