Amazon conquista vitória legal na batalha contra um conglomerado indiano
Três grandes empresas batalham para dominar o comércio digital na Índia
A gigante do comércio eletrônico Amazon conquistou, nesta sexta-feira (6), uma importante vitória legal na Índia, cujo principal tribunal bloqueou um acordo de 3,4 bilhões de dólares fechado pelo seu concorrente doméstico Reliance.
Amazon, Flipkart (provedor indiano controlado pelo Walmart) e Reliance, propriedade do homem mais rico da Ásia, Mukesh Ambani, estão imersos em uma batalha titânica para dominar o comércio digital neste país de 1,3 bilhão de habitantes.
No ano passado, a Reliance fechou um acordo de compra de ativos da Future Retail, a segunda rede de supermercados do país, propriedade do Future Group.
A compra do Future Group, que controla algumas das marcas de supermercados mais conhecidas da Índia, como a Big Bazaar, fortaleceu a presença da Reliance no competitivo setor do comércio online.
A Amazon, que possuía uma participação em uma das empresas da Future Group que incluía uma opção de compra da empresa principal, denunciou que o acordo da Reliance foi uma violação de contrato.
A gigante americana recorreu ao Centro de Arbitragem Internacional da Singapura, que paralisou a operação ao considerar as alegações da Amazon motivadas.
A empresa americana afirmava que esta ordem era vinculante, mas a Future discutia sua legalidade. Nesta sexta-feira, a Suprema Corte indiana decretou que a ordem era válida.
Leia também
• Amazon adia retorno do trabalho presencial até janeiro de 2022
• "O Senhor dos Anéis": série da Amazon ganha data de lançamento
• Amazon é multada em 746 milhões de euros por não proteger dados
Nenhuma das duas empresas reagiram à decisão até o momento.
A Amazon realizou investimentos na Índia pelo valor de 6,5 bilhões de dólares, segundo a Bloomberg News.
O fundador do Future Group, Kishore Biyani, foi conhecido como o rei do comércio na Índia, mas enfrenta dificuldades devido ao impacto em seu império pela pandemia de coronavírus.
As ações da Reliance em Mumbai caíram mais de 2% após a decisão.