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Covid-19

Amazonas retorna ao confinamento pela pandemia

Pacientes esperam por tratamento na frente do hospital Vinte Oito de Agosto, em ManausPacientes esperam por tratamento na frente do hospital Vinte Oito de Agosto, em Manaus - Foto: Michael Dantas/AFP

O estado do Amazonas decretou um novo confinamento de 15 dias a partir desta segunda-feira (4), com suspensão de serviços considerados não essenciais para conter uma retomada da pandemia da Covid-19. 

A capital, Manaus, uma das cidades mais atingidas durante os primeiros meses da pandemia, reviveu neste final de semana imagens de hospitais lotados e caminhões frigoríficos habilitados para preservar corpos que aguardam sepultamento. 

Nas últimas 24 horas, o estado registrou 23 óbitos pela pandemia, que já causou mais de 196,5 mil mortes e infectou mais de 7,7 milhões de pessoas no Brasil. 

 

O Amazonas soma quase 203 mil casos e 5.368 óbitos pelo novo coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde. Proporcionalmente, ocupa a décima primeira posição entre os 27 estados brasileiros em número de infecções, mas a terceira (junto com os vizinhos Roraima e Mato Grosso) em número de mortes.

“O Amazonas está saindo da fase vermelha e entrando na fase roxa” da covid-19 ”, divulgou a Fundação de Vigilância em Saúde do governo regional. 

A maior parte dos casos concentra-se em Manaus, onde um estudo chegou a considerar em setembro que havia alcançado imunidade de rebanho devido ao alto número de infecções da primeira onda. 

A capital abriga 52% dos 4,2 milhões de habitantes do estado, conectado principalmente por rios e com grande número de indígenas. 

Apesar do confinamento, em vários bairros da cidade algumas lojas consideradas não essenciais abriram na manhã desta segunda-feira. 

Filas se formaram nos bancos e multidões nos terminais de ônibus. Nas proximidades dos hospitais circulava um grande fluxo de ambulâncias e veículos funerários. 

Alguns pacientes reclamaram da demora do atendimento no Hospital 28 de agosto, um dos centros públicos para o tratamento da Covid-19, informou um fotógrafo da AFP.

Durante a primeira onda da pandemia no Brasil, que começou em fevereiro, Manaus registrou enterros em massa e seu cemitério se tornou uma das mais dramáticas imagens da doença no país. 

A recuperação de casos e óbitos nas últimas semanas é semelhante à de outras regiões, a segunda com maior número de mortes (depois dos Estados Unidos), embora nenhum pedido de vacinação tenha sido oficializado até o momento. 

O governo federal afirma negociar 360 milhões de doses de vacinas, sendo 210 milhões da desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica britânica AstraZeneca, além de 42 milhões do conglomerado internacional Covax e mais de 70 milhões da Pfizer-BioNTech (EUA/Alemanha). 

O governo paulista adquiriu seis milhões de doses do imunizante Coronavac, do laboratório chinês SinoVac, e insumos para a produção local de mais 40 milhões de doses.

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