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Americanos votam "pelo futuro da nação"

As filas nos locais de votação da costa leste sugeriam que muitos americanos haviam atendido aos chamados dos candidatos, de famosos e ativistas para cumprir com seu dever cívico

Pessoas votam em uma seção eleitoral na Escola Primária Charles A. Lindbergh em Dearborn, MichiganPessoas votam em uma seção eleitoral na Escola Primária Charles A. Lindbergh em Dearborn, Michigan - Foto: Jeff Kowalsky / AFP

Os eleitores americanos ofereciam, nesta terça-feira (5), uma imagem que misturava ordem e nervosismo nos locais de votação dos Estados Unidos.

A natureza solene do processo contrastava com o intenso período de campanha, marcado por duas tentativas de assassinato contra o candidato republicano Donald Trump.

"Eu estava pensando no futuro desta nação e, francamente, do mundo livre", disse à AFP Brockett Within, um nova-iorquino de 65 anos, enquanto votava em uma seção eleitoral do East Village, em Nova York.

Na Geórgia, um dos sete estados-chave que decidirão o resultado da votação, Ludwidg Louizaire, de 27 anos, disse estar ciente do que está em jogo para o país nestas eleições.

"Acho que todos estamos de acordo que, aconteça o que acontecer hoje, a história será feita", declarou a vencedora do concurso Miss Geórgia deste ano.

"Para mim, o mais importante é a continuidade da nossa democracia", disse à AFP Ken Thompson, um pedreiro de 66 anos, na escola primária Edison, em Erie, Pensilvânia.

"Estados Unidos em primeiro lugar" 
Em todo o país, os eleitores compartilharam com a AFP as questões que influenciaram suas decisões, frequentemente refletindo os principais temas da campanha, de imigração e direito ao aborto até a economia.

"Não precisamos de mais quatro anos de inflação alta e mentiras", disse à AFP Darlene Taylor, de 56 anos, em Erie, um condado da Pensilvânia, o maior e mais importante dos estados-pêndulo.

Vestida com uma camiseta feita em casa com os nomes de Trump e seu companheiro de chapa, J.D. Vance, ela disse que seu principal desejo era "fechar a fronteira" para os imigrantes.

"Estados Unidos em primeiro lugar, e (Kamala) Harris não vai apoiar isso", acrescentou Taylor, que afirmou viver de subsídios por invalidez.

Liz Orlova, uma jovem de 22 anos de Nova York, afirmou que o direito ao aborto estava "em primeiro plano" em sua mente enquanto votava em East Village.

Os juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos nomeados por Trump votaram para revogar o direito federal ao aborto em 2022, um tema que Kamala se comprometeu a abordar caso seja eleita.

"É muito confuso que, em todo o país, as pessoas estejam perdendo esse direito em particular", disse Orlova.

"Muito mais gente" 
Ambos os candidatos esperam contar com o apoio dos eleitorado jovem.

As filas nos locais de votação da costa leste, nas primeiras horas, sugeriam que muitos americanos haviam atendido aos chamados dos candidatos, de famosos e ativistas para cumprir com seu dever cívico.

"Tem muito, muito mais gente aqui do que nas últimas eleições", disse à AFP Marchelle Beason, de 46 anos, em Erie, depois de colocar um adesivo de "Eu votei".

Outros confessaram sentir alívio pelo fim dos anúncios políticos generalizados e da votação que manteve o país em suspense durante todo o ano

"Eu ficarei feliz quando terminar", disse à AFP em Nova York Guy Mills, de 62 anos.

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