SAÚDE DO HOMEM

ANS abre consulta pública por nova opção de tratamento para próstata aumentada em planos de saúde

Tratamento minimamente invasivo é mais seguro para pacientes de maior risco cirúrgico

A ANS é responsável por controlar e fiscalizar o mercado da saúde suplementar em todo o BrasilA ANS é responsável por controlar e fiscalizar o mercado da saúde suplementar em todo o Brasil - Foto: Divulgação/ANS

Através da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), está aberta para consulta pública até esta segunda-feira (24), a possível incorporação de mais uma opção de tratamento cirúrgico de próstata aumentada (hiperplasia prostática benigna) no rol dos planos de saúde do Brasil. 

O procedimento é considerado pouco invasivo e chamado de fotovaporização prostática a laser (FVP). Com a inclusão deste procedimento, pelo menos três milhões de pessoas poderão se beneficiar. 

A próstata aumentada, também nomeada por hiperplasia prostática benigna (HPB), pode causar dificuldade para urinar, sangue na urina e infecção urinária, o que pode levar a complicações nos rins e formação de pedras na bexiga, que aumentam ainda mais o desconforto para urinar.

Segundo dados de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população masculina com 60 anos ou mais no Brasil era de aproximadamente 16,2 milhões de pessoas, sendo 40% delas afetadas pela HBP. Com o aumento da expectativa de vida, muitos desses pacientes necessitarão de tratamento em idades mais avançadas, quando o uso contínuo de anticoagulantes é mais comum e o risco cirúrgico inerente ao envelhecimento, maior.


O tratamento cirúrgico mais utilizado atualmente é a ressecção transuretral da próstata (RTU), que pode ser realizada com a introdução de instrumentos endoscópicos através da uretra, que permitem a ressecção e cauterização da próstata com o uso de energia elétrica, ou com a nova tecnologia com o uso da energia do laser.

“A nova tecnologia do laser traz vantagens para a população mais idosa, principalmente aos que usam medicações anticoagulantes, e aos pacientes que têm alguma doença que dificulta a coagulação como os hemofílicos. Além da menor possibilidade de sangramento, sem a necessidade de suspender os anticoagulantes naqueles que necessitam usar esse tipo de medicação de forma contínua, a recuperação pós-operatória é mais rápida, com menor tempo de internação hospitalar", disse o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Alfredo Canalini.


Ele também destacou que o aumento da perspectiva de vida da população brasileira fez com que aumentasse o número de pacientes idosos com necessidade de tratamento cirúrgico da próstata, e que nessa população específica os cuidados médicos têm que ser redobrados


Canalini ainda ponderou benefícios econômicos. “Segundo estudos da SBU, a nova tecnologia, na análise de subgrupo com pacientes de alto risco cirúrgico, àqueles mais propensos a sangramentos graves, a economia pode chegar até R$ 20 mil aos planos de saúde por paciente tratado, conforme o quadro clínico”, assegurou.


CONSULTA PÚBLICA
Apesar dos benefícios apontados, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em sua recomendação preliminar foi contrária à inclusão do novo tratamento no rol dos planos de saúde. A consulta pública pode ser acessada aqui.

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