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PLANOS DE SAÚDE

ANS: reclamações contra planos de saúde caem pelo segundo mês seguido em setembro

O cálculo tem como base as Notificações de Intermediação Preliminar (NIP), classificadas como reclamações pela ANS e um instrumento usado para intermediar e solucionar conflitos entre consumidores e prestadores de serviços

Hospital Alfa inaugura ressonância magnéticaHospital Alfa inaugura ressonância magnética - Foto: Divulgação/Joelli Azevedo

As reclamações de usuários de planos de saúde caíram pelo segundo mês seguido e chegaram a 30.706 em setembro, um recuo de 1,81% ante as 31.272 reclamações registradas em agosto deste ano, segundo análise do Estadão/Broadcast feita com base nos dados públicos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No ano, esse é o segundo mês com o menor número de reclamações, perdendo apenas para fevereiro, em que foram computadas 28.384 reclamações.

Na comparação com setembro do ano passado, houve uma alta de 4,21% nas reclamações. No acumulado do ano, foram registradas 290.445 reclamações até setembro, uma alta de 13,09% em relação as 256.828 reclamações registradas no mesmo período de 2023. O número total de reclamações nestes nove primeiros meses do ano ainda supera o montante total de todo o ano de 2021, por exemplo, quando foram registradas 188.334 reclamações.

O cálculo tem como base as Notificações de Intermediação Preliminar (NIP), classificadas como reclamações pela ANS e um instrumento usado para intermediar e solucionar conflitos entre consumidores e prestadores de serviços antes que elas se transformem em disputas judiciais ou procedimentos mais complexos.

No momento em que um consumidor ou beneficiário enfrenta um problema com seu plano de saúde, por exemplo, uma negativa de cobertura para um procedimento médico, ele pode recorrer à ANS ou a outros órgãos competentes. A NIP é então emitida como uma forma de notificar formalmente a operadora do plano sobre a reclamação, dando-lhe um prazo para responder e resolver a questão diretamente com o reclamante

Operadoras
Assim como no mês anterior, Bradesco Saúde voltou a liderar as reclamações de beneficiários de planos de saúde contra operadoras de grande porte em setembro, com 3.102 queixas, um recuo de 8,82% em relação as 3.402 reclamações do mês anterior.

As queixas envolvem desde a cobertura dos planos, seus contratos e regulamentos, assim como queixas quanto as mensalidades e reajustes. A companhia é controlada pelo Bradesco Seguros, que entrou no segmento hospitalar em 2021. Do total de reclamações contra a empresa, 2.763 são referentes a cobertura dos planos.

Em segundo lugar no ranking, aparece Unimed do Estado do Rio de Janeiro, com 3.029 reclamações. NotreDame Intermédica, que se fundiu a Hapvida em 2022 ocupa o terceiro lugar e conta com 2 503 reclamações.

SulAmérica, da Rede D'Or, aparece em quarto lugar do ranking, com 2.128 reclamações, seguida pela Amil, que anunciou uma fusão com a Dasa neste ano, no quinto lugar, com 1.962 reclamações.

Hapvida aparece em sexto, com 1.843 reclamações; seguida por Unimed Nacional, com 1.355 reclamações; Unimed Belo Horizonte, com 582 reclamações; Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, com 535 reclamações; e Unimed Seguros Saúde em décimo, com 476 reclamações no mês.

Na comparação anual, Bradesco Saúde segue como o líder em reclamações, com 32.692 queixas, seguido por NotreDame Intermédica em segundo lugar, com 26.812 reclamações, e Unimed Rio de Janeiro em terceiro, com 10.952 reclamações.
 

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