Antes da chegada de 2024, Praia de Boa Viagem tem fluxo pequeno de turistas e põe comércio em dúvida
Vendedor ambulante no local há 22 anos, Bruno da Silva Gregório diz estar em dúvida sobre lucros
Horas antes da chegada de 2024, a Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, é marcada por um pequeno fluxo de pessoas, incluindo turistas. Para o comércio, o cenário é marcado por incertezas sobre uma mudança que possa gerar lucros.
Vendedor ambulante na Praia de Boa Viagem há 22 anos, Bruno da Silva Gregório tem uma renda não programada ao final de todo mês, recebendo um percentual por cada venda que realiza. Para essa virada de ano, ele diz estar incerto, diferentemente dos anos anteriores. "Antes, eu saia com o bolso cheio, e hoje estou na dúvida”, garante.
Leia também
• Irã executa três homens e uma mulher condenados por espionagem para Israel
• Confira projeções para Jogos Olímpicos, e dos clubes Santa Cruz, Náutico e Sport para 2024
• Menos de 20% das delegacias da mulher funcionam 24 horas
Uma das razões, para ele, se dá por conta da crise de saúde instaurada pela pandemia da Covid-19, tida como um "divisor de águas".
“Mudou muita coisa. De manhã e pela tarde sempre tinha muita gente, mas depois da pandemia mudou muito. Apesar dos hotéis estarem todos lotados, a movimentação da praia está razoável. Antigamente, estava lotada”, lamenta.

O gerente João Carlos da Silva Filho, de 46 anos, é nascido em Pernambuco, mora em São Paulo há 20 anos e escolheu "voltar para casa" para o réveillon, junto com a família. Ele explica porquê.
“Recife tem um ‘a mais’, porque meus parentes são todos daqui. A ideia é sempre vir para cá e aproveitar ao máximo. Não é só uma viagem. O final de ano aqui é muito forte. Ontem eu estive com minha esposa aqui mesmo na praia, e o movimento tava bem maior. Pela noite, com os fogos, certeza que vai ter muita gente”, projeta otimista.

Exaltando a cultura de onde nasceu, classifica o estado como "palco pro mundo", citando duas viagens que fez na América do Norte.
“Mês passado eu estava nos Estados Unidos, também já conheci Cancún, mas a cultura pernambucana é muito rica para você ignorar. Acho que Pernambuco é um palco para o mundo”, diz.