Anvisa autoriza estudo no Brasil de dose de reforço da vacina da Pfizer/BioNTech
Previsão é que a pesquisa envolva voluntários na Bahia e em São Paulo
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, nesta sexta-feira (18), um estudo clínico no Brasil para testar uma possível dose de reforço da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer/BioNTech.
Segundo a agência, serão incluídos participantes com 16 anos ou mais que tomaram as duas doses do imunizante pelo menos seis meses antes no estudo inicial da vacina, também feito no País.
O objetivo do estudo é avaliar a segurança, resposta imune e eficácia de estratégias de reforço da vacina, nos moldes de uma terceira dose. De acordo com o órgão, o estudo deve ocorrer em grupos de participantes de diferentes idades.
A previsão é que a pesquisa envolva até 443 voluntários no centro clínico do Hospital Santo Antônio da Associação Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador, e 442 participantes no Cepic (Centro Paulista de Investigação Clínica e Serviços Médicos), em São Paulo. A reportagem pediu à Pfizer mais detalhes do estudo, mas ainda não teve retorno.
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Em fevereiro, a Pfizer e a BioNTech, responsáveis pela produção da vacina, anunciaram ter iniciado testes para avaliar uma terceira dose do imunizante e seu papel contra novas variantes do coronavírus. O estudo ainda está em andamento.
Alvo de críticas pelo atraso em negociar contratos no último ano, o Ministério da Saúde iniciou recentemente tratativas e conversas com laboratórios visando uma possível nova rodada de vacinação em 2022.
A avaliação dentro da pasta é de que, apesar da incerteza sobre a necessidade e a regularidade de novas campanhas de imunização contra a Covid-19, há sinalização de que uma eventual dose de reforço pode vir a ser necessária. Outros países já negociam doses.