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Vacinação em crianças

Anvisa avaliará autorização de vacina da Pfizer a crianças de 5 a 11 anos

Segundo o pedido, a dosagem será reduzida, já que estudos mostram que a faixa etária precisa de dose menor que a administrada em jovens a partir de 12 anos

Vacina contra a Covid-19Vacina contra a Covid-19 - Foto: Myke Sena/MS

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta sexta-feira o pedido para incluir crianças de 5 a 11 anos da bula da vacina Comirnaty, produzida pela Pfizer. O resultado da análise sai em até 30 dias.

Segundo o pedido, a dosagem será reduzida, já que estudos mostram que a faixa etária precisa de dose menor que a administrada em jovens a partir de 12 anos. A Pfizer propôs fabricar frascos de cores diferentes para especificar o que será destinado a cada público.

"A análise técnica feita pela Anvisa será feita de forma rigorosa e com toda a cautela necessária para a inclusão deste público específico", diz a nota da Anvisa.

— Precisamos vacinas as nossas crianças porque elas são uma fonte importante de transmissão. Nós temos também a flexibilização que vem se acelerando muito no país apesar das nossas coberturas vacinais não autorizarem (essa medida), do ponto de vista sanitário — pondera a infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Raquel Stucchi.

A farmacêutica anunciou em 27 de outubro que entraria com a solicitação neste mês, mas não definiu data. No dia seguinte, os cinco diretores da Anvisa receberam uma ameaça de morte, por e-mail, diante da possibilidade de analisar imunizantes para crianças. Outros dois ataques virtuais se repetiram na semana seguinte, mas, dessa vez, se estenderam a funcionários e terceirizados da agência e seus familiares. As mensagem foram obtidas pela reportagem.

Como revelou O GLOBO, a Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal (PFDF) abriu inquérito para investigar os ataques. A Polícia Civil do Estado do Paraná (PCPR) identificou o autor da primeira ameaça. A corporação não revelou a identidade do autor, mas a reportagem apurou que ele é um empresário, morador de Curitiba e tem 49 anos.

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, caracterizou essas ameaças como uma “dificuldade adicional totalmente desnecessária, descabida, criminosa” ao trabalho da agência. Em entrevista ao GLOBO, o almirante afirmou que pediu à PF segurança aos trabalhadores e às instalações da agência.

A solicitação feita pela Pfizer à Anvisa segue o exemplo da que foi entregue ao Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos.

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