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Anvisa começa a inspecionar voos vindos do Reino Unido

Medida é consequência da descoberta de uma nova variante do novo coronavírus, 70% mais transmissível.

Nova cepa de coronavírus no Reino Unido influencia restrições de voos por parte de outros paísesNova cepa de coronavírus no Reino Unido influencia restrições de voos por parte de outros países - Foto: Niklas Halle'n/AFP

A Anvisa (Agência Nacional De Vigilância Sanitária) anunciou na noite de segunda-feira (21) que vai passar a inspecionar voos vindos do Reino Unido, além de impor algumas restrições aos passageiros vindos do país que aterrissam nos aeroportos de Cumbica (SP) e Tom Jobim (RJ).
 
A medida é consequência do anúncio do Reino Unido de que identificou uma nova variante do novo coronavírus, que seria até 70% mais transmissível.
 
Vários países na sequência interromperam sua ligação aérea com o país, como França, Bélgica, Holanda, Rússia e Canadá, entre outros. Na América Latina, Argentina, Chile, Colômbia e Peru adotaram restrição de entrada no país.
 
Em uma nota divulgada na segunda-feira pela Casa Civil, o governo brasileiro informou que estava "acompanhando a situação", mas que não iria adotar restrições de voos. A pasta argumentou que vai passar a exigir exames para detectar a Covid-19, do tipo RT-PCR.
 
"A portaria número 630, de 17 de dezembro de 2020, em seu artigo 7º, exige o teste do RT-PCR negativo para qualquer viajante, brasileiro ou estrangeiro, que queira ingressar no Brasil por via aérea, inclusive os passageiros de procedência do Reino Unido", disse a Casa Civil em nota enviada no início da noite desta segunda-feira (21).
 
A exigência de exame negativo de Covid-19 é estabelecida em uma portaria da semana passada, mas só começa a valer a partir de 30 de dezembro.
 
A Anvisa, por sua vez, já começou a implementar suas medidas em um voo que chegou do Reino Unido na noite de segunda-feira, no aeroporto Tom Jobim.
 
A agência afirma que os procedimentos adotados incluem a inspeção ainda dentro das aeronaves. Depois, agentes vão acompanhar os passageiros até as áreas de trânsito e desembarque, para preservar o distanciamento social.
 
O acesso às lojas do free shopping serão restringidas para esses passageiros.


Segundo a Anvisa, agentes do Ministério da Saúde farão o contato com os tripulantes e passageiros para verificar as condições de saúde e tomar eventuais providências.
 
"A Rede CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), ligada ao Ministério da Saúde, realizará os procedimentos de contato com os passageiros e tripulantes para monitoramento das condições de saúde e direcionamento aos serviços de atenção à saúde, bem como a adoção das medidas de prevenção e controle da Covid-19", informou a agência em nota.
 
A agência listou seis procedimentos que serão adotados:
1- leitura de mensagem sonora no voo, já em solo brasileiro com a presença da autoridade sanitária
2- fiscalização no interior da aeronave, antes do desembarque
3- orientação aos passageiros e tripulantes sobre o monitoramento dos viajantes em solo nacional por autoridades brasileiras de saúde;
4- solicitação de informações sobre os passageiros e tripulantes à empresa aérea. Essas informações já foram enviadas às autoridades competentes;
5- monitoramento dos procedimentos de limpeza e desinfecção da aeronave;
6- acompanhamento do trânsito dos passageiros até a área de imigração, orientando o distanciamento social e evitando a aglomeração.
A Anvisa ressalta que nenhum passageiro presente no primeiro voo inspecionado declarou ter sintomas da Covid-19 durante a viagem.

 

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