Anvisa e Saúde criam campanha nos aeroportos para alertar viajantes sobre sintomas da mpox
Ação busca minimizar o risco da entrada de novas variantes da doença no Brasil
Leia também
• Suíça confirma caso de mpox, subindo para 14 o número de nações que relatam doença
• MPOX: o mundo está preparado para outra pandemia?
• OMS aprova vacina contra mpox para adolescentes de 12 a 17 anos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa) e o Ministério da Saúde começaram uma campanha nos principais aeroportos e portos do país para alertar os viajantes que chegam ao Brasil sobre os sintomas da mpox. De acordo com as entidades, os sinais de alerta para a doença incluem: lesões na pele, febre, dor de cabeça, ínguas, calafrios, fraqueza e dores no corpo.
Caso alguma pessoa apresente esses sintomas ao retornar de viagem, a recomendação é para procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo – utilizando roupas que cubram as lesões –, evitar contato com outras pessoas e não compartilhar objetos. A ação busca minimizar o risco da entrada de novas variantes da doença no Brasil.
No aeroporto de Brasília, por exemplo, os avisos já estão disponíveis tanta nas áreas de embarque/desembarque doméstico quanto na área internacional. Segundo Geraldo Marques, coordenador de Vigilância Sanitária em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados no Distrito Federal (CVPAF-DF), só pelo aeroporto de Brasília passam diariamente cerca de 40 mil viajantes.
As mensagens estão sendo veiculadas em banners e painéis eletrônicos disponíveis nos aeroportos, em português, inglês, espanhol e francês.
Além dos avisos, a Agência vem realizando outras atividades, como reuniões e palestras para trabalhadores das comunidades portuária e aeroportuária. O objetivo é intensificar as ações de identificação de casos suspeitos e o rastreamento de contatos nos pontos de entrada do país.
Em agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a doença constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) devido ao aumento de casos de uma nova variante mais fácil de ser transmitida.
A nova variante foi confirmada, até o momento, em casos na República Democrática do Congo, Ruanda, Uganda, Quênia e Burundi. Suécia, Tailândia, Índia e Alemanha confirmaram a ocorrência de um caso importado dessa cepa e nenhuma transmissão secundária foi relatada. Até o dia 29/10 não foram detectados casos dessa nova cepa na região das Américas.
Mpox
A mpox pode ser transmitida por meio do contato com pessoas infectadas, materiais contaminados ou animais silvestres (roedores) infectados. O intervalo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da doença varia de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
As erupções na pele geralmente começam de 1 a 3 dias após o início da febre, mas, às vezes, podem aparecer antes do aumento da temperatura. A transmissão do vírus começa a partir do início dos sintomas e vai até as erupções na pele terem cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar.
Atualmente, o tratamento se baseia em medidas de suporte clínico com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações, e evitar sequelas. A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados.