Anvisa: máscara e distanciamento em aeroportos para conter chegada da varíola dos macacos ao Brasil
Medidas contra a varíola dos macacos são as mesmas previstas em resolução para Covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nota em que pede o uso de medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, distanciamento físico e higienização frequente das mãos em aeroportos e aeronaves, para tentar conter a chegada da varíola dos macacos ao Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta terça-feira (24), que registrou 131 casos confirmados de varíola dos macacos e investiga outros 106 casos suspeitos no mundo desde que o primeiro paciente foi relatado, em 7 de maio, fora dos países onde a doença é mais comum. Ainda não há notificação de casos prováveis no Brasil.
As medidas contra a varíola dos macacos são as mesmas previstas na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 456/2020 da Anvisa, que versa sobre a Covid-19.
"Tais medidas não farmacológicas têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças", diz a agência no comunicado.
Leia também
• Ministério cria sala de monitoramento da varíola dos macacos no Brasil
• Varíola dos macacos: República Tcheca e Eslovênia detectam casos
• EUA irá distribuir vacinas contra varíola do macaco para população mais vulnerável
Cabe à Anvisa a execução da vigilância epidemiológica em portos, aeroportos e fronteiras, devendo-se pautar por orientação técnica e normativa do Ministério da Saúde.
A Anvisa informou, ainda, que se mantém alerta e vigilante quanto ao cenário epidemiológico nacional e internacional e acompanha os dados disponíveis, bem como a evolução da doença.
Oportunamente, as medidas sanitárias podem ser ajustadas caso seja necessário à proteção da saúde da população, finalizou a Anvisa.
Sintomas
Entre os sintomas provocados pela varíola dos macacos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que os mais comuns são febre, erupção extensa na pele, como bolhas e feridas e linfonodos inchados. A febre pode durar até três dias, acompanhada de fortes dores e outros sintomas. Após o período febril, surgem as erupções cutâneas, que chegam a quatro semanas.
A maior parte das infecções é resultado de uma transmissão primária, ou seja, de animal para humanos. Assim, a recomendação é evitar o contato com animais doentes ou mortos.
A transmissão entre humanos costuma ocorrer através do contato de pele, pelo sistema respiratório, ou boca e olhos.