Anvisa sugere produção nacional do canabidiol
Presidente da agência, Jarbas Barbosa, acredita que a droga é a principal aposta contra síndromes como a microcefalia
Sobre esses aspectos, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa, enfatizou a necessidade de o Brasil refletir sobre uma fabricação brasileira da droga.
Para ele, o CBD é a principal aposta de qualidade de vida para pessoas com síndromes raras, a exemplo da microcefalia e de doenças degenerativas. O gestor destacou, ainda, que o País, inclusive, pode tomar a dianteira de estudos sobre o trato dos agravados da Síndrome Congênita do Zika com o derivado da maconha. “Para algumas doenças, como as síndromes neurológicas da infância e da adolescência, que apresentam quadros de múltiplos episódios de convulsão e que não têm na medicação atualmente disponível um bom resultado, o canabidiol tem se revelado uma medicação muito eficaz”, afirmou.
A presidente da Liga Canábica de Pernambuco, Elaine Cristina, 33 anos, contou que todos os atuais obstáculos para a aquisição da medicação têm feito várias famílias recorrerem a um comércio clandestino de CBD no Rio de Janeiro e na Paraíba. Os laboratórios caseiros vendem o remédio por R$ 120. Mãe de João Pedro, 5 anos, ela não conseguiu parecer favorável na Justiça. “Ele fazia 24 convulsões por dia antes. E agora, com o canabidiol, tem duas ou três.”