Logo Folha de Pernambuco

Líbano

Ao menos 24 feridos em dois bombardeios israelenses no sul do Líbano

Israel afirmou que os ataques foram direcionados contra dois veículos que transportavam armas do movimento libanês pró-iraniano Hezbollah

Pessoas em meio aos escombros de prédios destruídos durante a ofensiva terrestre e aérea de Israel após retornarem à vila de Aita al Shaab, no sul do LíbanoPessoas em meio aos escombros de prédios destruídos durante a ofensiva terrestre e aérea de Israel após retornarem à vila de Aita al Shaab, no sul do Líbano - Foto: Fadel Itani / AFP

O Ministério da Saúde do Líbano anunciou, nesta terça-feira (28), que 24 pessoas morreram em dois bombardeios israelenses no sul do país, apesar da trégua em vigor desde o final de novembro com Israel.

Israel afirmou que os ataques foram direcionados contra dois veículos que transportavam armas do movimento libanês pró-iraniano Hezbollah, que esteve em guerra com o país do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nos últimos meses.

A agência oficial libanesa, NNA, informou que um "drone inimigo israelense" cometeu um "bombardeio com um míssil guiado" contra um pequeno caminhão que "transportava vegetais" perto da cidade de Nabatieh, a cerca de 10 km da fronteira com Israel.

Ao menos 20 pessoas morreram no ataque, informou o Ministério da Saúde Libanês. Outras quatro morreram em um segundo bombardeio que, segundo a NNA, atingiu uma "estrada" a dois quilômetros dali.

O porta-voz do exército israelense, Avichay Andraee, afirmou que as forças armadas atingiram um caminhão e outro veículo do Hezbollah que transportavam "armas".

O Exército israelense está "decidido", segundo ele, "agir de acordo com os acordos concluídos entre Israel e o Líbano, apesar das tentativas do Hezbollah de retornar ao sul do Líbano, e agirá para eliminar qualquer ameaça contra o Estado de Israel e seus cidadãos", escreveu na rede social X.

O primeiro-ministro libanês, Nayib Mikati, condenou os dois ataques e denunciou uma "nova violação da soberania libanesa e uma flagrante violação do acordo de cessar-fogo", conforme um comunicado de seu gabinete.

O Exército israelense deveria ter se retirado do sul do Líbano no dia 26 de janeiro, após o acordo de trégua concluído em 27 de novembro com o Hezbollah, aliado do movimento islâmico palestino Hamas, que governa Gaza.

No entanto, as forças israelenses não o fizeram, alegando que o Líbano não cumpriu a sua parte do acordo.

Após uma mediação dos Estados Unidos, o Líbano concordou em adiar a retirada para o dia 18 de fevereiro.

A guerra entre Israel e Hezbollah, que eclodiu em outubro de 2023, deixou mais de 4 mil mortos no Líbano e obrigou 900 mil libaneses a fugirem de casa, segundo as autoridades.

Veja também

Newsletter