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Ao menos 37 mil desaparecidos na Ucrânia após dois anos de invasão russa

Os Exércitos russo e ucraniano raramente relatam as suas perdas militares

Ataques aéreos em Belgorod, na Rússia, na fronteira com a UcrâniaAtaques aéreos em Belgorod, na Rússia, na fronteira com a Ucrânia - Foto: AFP

A Ucrânia anunciou, nesta terça-feira (16), que registrou quase 37 mil civis e militares desaparecidos desde o início da invasão russa, há dois anos, mas o número está incompleto já que Moscou ocupa cerca de 20% do território.

"Cerca de 37 mil pessoas estão desaparecidas: crianças, civis e militares", escreveu no Facebook o comissário ucraniano de direitos humanos, Dmytro Lubinets.

"Estes números podem ser muito maiores", frisou, já que a contagem ainda não terminou.

Dezenas de milhares de pessoas morreram desde o início da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

No entanto, não existe um balanço confiável e os procedimentos para identificar pessoas mortas ou desaparecidas podem levar meses.

Os Exércitos russo e ucraniano raramente relatam as suas perdas militares.

 

O número exato de vítimas também é desconhecido, uma vez que não existem informações confiáveis nos territórios ocupados pela Rússia.

O caso de Mariupol é emblemático. A cidade foi ocupada por Moscou após um cerco pelas suas forças na primavera de 2022.

Segundo Kiev, dezenas de milhares de pessoas morreram na cidade e estão enterradas sob os escombros ou em valas comuns.

Lubinets também indica que "cerca de 1.700" ucranianos estão "detidos ilegalmente" pela Rússia.

A ex-república soviética também calcula que 20 mil crianças ucranianas foram deportadas para a Rússia em dois anos.

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