Apagão afeta grande parte da Argentina
A origem da interrupção foi um incêndio que começou às 16h locais a 60 km de Buenos Aires, perto das linhas de alta tensão
Um grande corte de energia elétrica afetou nesta quarta-feira (1º) milhões de argentinos em várias províncias e em parte de Buenos Aires, após um incêndio ter provocado uma falha no sistema de alta tensão, em um dia de calor intenso, informaram autoridades.
"O apagão é grande, afeta várias províncias. Em um momento de temperatura elevada, como hoje em grande parte do país, o setor elétrico demandava 25 mil megawatts e houve um corte que retirou cerca de 9 mil megawatts", explicou o subsecretário de Energia, Santiago Yanotti, ao canal C5N.
A origem da interrupção foi um incêndio que começou às 16h locais em um campo localizado a 60 km de Buenos Aires, perto das linhas de alta tensão que conectam à usina nuclear Atucha 1, informou o funcionário. Como medida de segurança, as centrais de geração de energia Atucha I e Central Puertos ficaram fora de serviço, esclareceu a Nucleoeléctrica, empresa nacional de energia nuclear.
A medida afetou o fornecimento de energia a grandes áreas do país. Em nota dirigida na noite de hoje ao Tribunal Federal de Campana, com jurisdição na área, o ministro da Economia, Sergio Massa, pediu para "investigar e, se for o caso, prender os responsáveis pelos fatos gravíssimos", ao expressar "certeza sobre a intencionalidade" do ocorrido.
Na cidade de Buenos Aires, vários bairros ficaram temporariamente sem luz. O corte afetou a rede de metrô, linhas ferroviárias e centenas de semáforos.
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Não houve divulgação de números oficiais, mas o corte de energia se estendeu a diferentes cidades das províncias de Santa Fé e Córdoba (centro), à região de Cuyo (oeste), à Patagônia (sul) e ao Noroeste, segundo uma fonte do governo.
"O serviço está sendo restabelecido aos poucos, esperamos tê-lo de volta em algumas horas", indicou Santiago Yanotti.
O incidente ocorre no momento em que a Argentina enfrenta a nona onda de calor neste verão. A capital vive o verão mais quente desde que os registros começaram, em 1961, segundo o serviço meteorológico.