Apenas 8,5% das empresas ocidentais deixaram a Rússia, diz estudo suíço
Números "questionam a disposição das empresas ocidentais de se desvincularem de economias que seus governos agora consideram rivais geopolíticos"
Apesar da indignação generalizada com a invasão russa da Ucrânia, apenas um pequeno número de empresas ocidentais deixou a Rússia — revela um estudo suíço divulgado nesta quinta-feira (19).
Pesquisadores da Universidade de St. Gallen e do instituto IMD de Lausanne calcularam quantas empresas com sede na União Europeia e nos países do G7 deixaram a Rússia desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
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Suas conclusões mostram "uma retirada muito limitada de empresas da UE e do G7 da Rússia, (e) desafiam a narrativa de que há um amplo êxodo de empresas ocidentais que abandonam o mercado", disse a Universidade de St. Gallen, em um comunicado.
"Muitas empresas com sede nessas nações resistiram à pressão dos governos, dos meios de comunicação e das ONGs", acrescentou a nota.
De acordo com o relatório, menos de 10% das empresas da UE e do G7 com filiais russas deixaram o país.
Esses resultados “questionam a disposição das empresas ocidentais de se desvincularem de economias que seus governos agora consideram rivais geopolíticos”, completa o comunicado.