Apenas quatro países cumprem recomendações antitabaco da OMS; Brasil é um deles
OMS destacou que 5,6 bilhões de pessoas - 71% da população mundial - estão atualmente protegidos por pelo menos uma medida de combate ao tabagismo
Apenas quatro países - Brasil, Turquia, Ilhas Maurício e Holanda - adotaram todas as recomendações antitabagistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que destacaram, nesta segunda-feira (31), os avanços em todo o mundo nos últimos 15 anos contra esse problema de saúde pública.
Em um informe, a OMS destacou que 5,6 bilhões de pessoas - 71% da população mundial - estão atualmente protegidos por pelo menos uma medida de combate ao tabagismo, o que é cinco vezes mais do que em 2007. O relatório relata, ainda , que a taxa mundial de fumantes caiu de 22,8% em 2007 para 17% em 2021.
"De forma lenta, mas consistente, mais e mais pessoas estão protegidas dos estragos do tabaco", celebrou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado.
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O organismo lançou, em 2008, o programa MPOWER, um conjunto de medidas para ajudar os países a reduzir a demanda por cigarro em torno de seis eixos: proteger a população da fumaça do tabaco, aumentar os impostos sobre esse produto, monitorar o consumo, oferecer ajuda a quem quiser parar de fumar, anunciar sobre os perigos do cigarro e proibir a publicidade de cigarro e produtos afins.
Em entrevista coletiva, o diretor do Departamento de Promoção da Saúde na OMC, dr. Ruediger Krech, apoiado que oito países - Espanha, Etiópia, Irã, Irlanda, Jordânia, Madagascar, México e Nova Zelândia - estão a apenas uma medida do programa para entrar nesse grupo.
A OMS estima que, se essas medidas não tivessem sido aplicadas, haveria hoje mais de 300 milhões de usuários no mundo.
"Não são apenas números. Essas medidas mudaram nossas vidas", acrescentou o dr. Krech.
Em 44 países, nenhuma das medidas do programa MPOWER foi aplicada até o momento, deixando 2,3 bilhões de pessoas sem proteção contra o tabaco, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.
Todos os anos ocorrem em torno de 8,7 milhões de mortes relacionadas com o consumo ativo ou passivo dessa substância.