Apesar de indesejada, a lombalgia é a segunda maior causa de busca por atendimento médico
Afetando cerca de 80% da população, problema pode ser sanado ou controlado de acordo com cada caso
Durante a pandemia de Covid-19, com a adoção do home office e das aulas remotas, a busca pelo termo "dor nas costas" cresceu, de acordo com o Google Trends. Segundo um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as dores lombares, conhecidas na medicina como lombalgia, são a segunda maior causa de busca por atendimento médico e atingem cerca de 80% da população. Sem causas específicas, o problema normalmente está atrelado a situações corriqueiras do dia a dia e pode ser sanado ou minimizado, a depender do paciente.
Ter postura inadequada, pegar um objeto de mau jeito, dormir de forma errada e até mesmo um colchão podem causar o problema. Nesses casos, as dores são causadas por uma contratura ou distensão muscular, conforme explica o ortopedista especialista em coluna André Flávio Pereira. Ele também elenca outros motivos para a causa das dores. “Hérnias de disco, disco degenerado ou desidratados e até mesmo um tumor podem gerar o quadro dolorido”, pontua.
(PODCAST) Canal Saúde - Cerca de 90% da população mundial vai apresenta dor lombar ao longo da vida
O estudante de Educação Física Douglas Cabral, 27, começou a sentir dores após dormir em sua cama. Ele percebeu que o seu colchão, que já estava antigo, cedia, deixando a sua coluna numa posição inadequada. “Meu colchão já estava velho e afundava quando eu deitava. Agora, que comprei um novo, as dores diminuíram muito, porque a minha coluna fica ereta”, explica Douglas. Ele também acredita que seu peso, que está um pouco acima do ideal para a sua altura, também contribui para o surgimento das dores. “Estou caminhando de quatro a cinco vezes por semana para perder 15kg. Dessa forma, sei que as dores irão diminuir, não só na intensidade como também na frequência”, continuou.
Leia também
• O poder das agulhas: acupuntura apresenta benefícios para corpo e mente
• Pressão alta: vilã silenciosa, mas domável
• Aromaterapia está em alta
Aos 20 anos, Laura Nunes, estudante de Recursos Humanos, vem sofrendo com as dores na região lombar há três. Na consulta, foi recomendado que ela fizesse uma ressonância para identificar se as dores eram causadas por uma hérnia ou por um nervo que estava sendo comprimido. "Quando sinto essas dores, costumo deitar, pois é insuportável. Atualmente, venho tratando apenas com analgésicos, mas já fui avisada por minha médica que terei que passar por alguns exames para verificar a principal causa", esclareceu Laura.
O ortopedista descreve que a dor pode ser localizada na coluna, que é a lombalgia pura, ou irradiada para os membros inferiores, as pernas direita ou esquerda. Nesse último caso, é uma dor lombar com componente ciático ou lombociatalgia. “Cada tipo de dor deve receber um tratamento específico. Normalmente as dores musculares recebem um tratamento com analgésico, e as dores com componente ciático costumam receber o reforço da fisioterapia e uso de anti-inflamatório”, disse André Flávio Pereira.
Já em casos cujas causas são mais graves, como tumores, hérnias volumosas e infecções, o tratamento pode indicar cirurgia. “Prática de exercícios como musculação, hidroginástica e natação são muito boas para ajudar no fortalecimento da musculatura e, assim, diminuir a incidência das dores”, indicou Pereira, alertando que, ao sentir as dores, o ideal é buscar ajuda médica.
#vidaplenajaymedafonte