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Apoiadores de Petro exigem mudança no Ministério Público colombiano

População exige que um novo procurador-geral seja eleito, colocando um fim no mandato do atual chefe do órgão judicial, Francisco Barbosa

População participa de uma manifestação em apoio ao presidente colombiano Gustavo Petro em Cali, ColômbiaPopulação participa de uma manifestação em apoio ao presidente colombiano Gustavo Petro em Cali, Colômbia - Foto: Joaquin Sarmiento/AFP

Centenas de apoiadores do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, protestaram nesta quinta-feira (8) para exigir que a Suprema Corte do país eleja um novo procurador-geral e coloque fim ao mandato do atual chefe do órgão judicial, Francisco Barbosa, a quem o presidente de esquerda acusa de ter tentado derrubá-lo.

Sindicalistas, estudantes e partidos de esquerda responderam à convocatória do mandatário para se manifestarem nas principais cidades do país no dia em que os 23 magistrados da Suprema Corte se reúnem para votar em uma lista restrita de juristas apresentada por Petro no final do ano passado.

Até ao momento, nenhum dos candidatos obteve os 16 votos necessários para assumir o cargo. Caso isso não seja feito até 12 de fevereiro, o Ministério Público ficaria a cargo da vice-procuradora-geral Martha Mancera, braço direito de Barbosa.

"Estamos aqui para exigir a saída do procurador e que a lista proposta pelo presidente da República possa avançar e que finalmente tenhamos (...) um procurador adequado para enfrentar o submundo", disse à AFP o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes, Francisco Mora, que participou do ato em Bogotá.

Cerca de mil pessoas estiveram presentes na manifestação em frente à sede da Suprema Corte. Também foram registradas mobilizações nas cidades de Medellín e Cali.

"Nos reunimos em condições normais. Avançamos à votação para a eleição do procurador-geral; fizemos duas rodadas de votação e nenhum candidato alcançou a o número de votos necessário", disse à imprensa o presidente do instância judicial, Gerson Chaverra.

Segundo ele, o tribunal continuará a votação em sua próxima plenária, no final de fevereiro.

No último fim de semana, Petro acusou Barbosa de querer derrubá-lo por meio de investigação sobre doações que um sindicato de trabalhadores fez à sua campanha, supostamente violando os limites estabelecidos por lei.

Em janeiro, o órgão investigador apresentou acusações de lavagem de dinheiro contra Nicolás Petro, filho do presidente.

Segundo o MP, o mais velho dos herdeiros de Petro teria recebido recursos do tráfico de drogas durante sua campanha presidencial em 2022, na qual teve papel fundamental na conquista de apoios no norte do país.

A audiência preparatória deste julgamento será realizada em 29 de abril.

Nicolás Petro está em liberdade condicional e nega que seu pai tivesse conhecimento do dinheiro de narcotraficantes em sua campanha.

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