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Coronavirus

Após 21 dias, São Paulo volta a ter ocupação de leitos de UTI abaixo de 90%

Há, no momento, 12.941 pessoas internadas em leitos de UTI

Além das 12.941 pessoas internadas na UTI, 16.171 pacientes estão na enfermariaAlém das 12.941 pessoas internadas na UTI, 16.171 pacientes estão na enfermaria - Foto: Tarso Sarraf/AFP

A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para tratamento da Covid-19 voltou nesta quarta-feira (7) a ficar abaixo dos 90% no estado de São Paulo. Atualmente, ela está em 89,8%, a taxa mais baixa registrada nos últimos 21 dias, segundo informou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. Ontem (6), essa taxa estava em 90,7%.

Apesar dessa pequena redução, as autoridades da saúde avaliam que o número ainda é alto e está em patamar elevado e não significa controle sobre a pandemia. Há, no momento, 12.941 pessoas internadas em leitos de UTI e 16.171 em enfermaria. 

A redução na taxa de ocupação pode significar que as restrições anunciadas pelo governo no início deste mês estão começando a surtir efeito em todo o estado.

“Apesar de tudo que nós temos visto, estamos colhendo frutos daquilo que foi feito na fase vermelha, na fase emergencial, e temos hoje 89,8% [de taxa de ocupação], depois de 21 dias em que estávamos com taxas de ocupação superiores a 90%,”, disse Gorinchteyn. 

“Lembrando que, na semana passada, ainda tínhamos taxa de ocupação extremamente elevada, beirando 92,5%. Os internados também têm um simbolismo importante. Hoje, temos 12.941, mas tínhamos mais de 13,5 mil pessoas internadas na semana passada, mostrando claramente a redução no número daqueles que internam. Lembrando que o dado de internação mostra o momento atual da pandemia”, ressaltou o secretário.

Desde o dia 6 de março, todo o estado de São Paulo está na Fase 1-vermelha do Plano São Paulo, onde somente serviços considerados essenciais podem funcionar. Mas como a taxa de isolamento não estava crescendo a níveis considerados satisfatórios, o governo decidiu endurecer ainda mais as restrições. 

Desde o dia 15 de março entrou em funcionamento em todo o estado a fase emergencial, com medidas ainda mais restritivas. As aulas da rede pública foram suspensas, jogos de futebol paralisados e cultos e celebrações religiosas coletivas foram proibidos. Foi estabelecido ainda um toque de recolher das 20h às 5h. A medida, que pretende reduzir a circulação do vírus e evitar uma sobrecarga nos hospitais, fica em vigor até o dia 11 de abril.

Internações
Na semana passada, que corresponde à 13ª Semana Epidemiológica (entre os dias 28 de março e 3 de abril), o estado apresentou média móvel de 15.672 novos casos da covid-19 por dia, uma queda de 2,4% em relação à semana anterior, que havia sido a mais alta da pandemia, com o registro de 16.062 novos casos por dia. Foi a primeira vez, desde fevereiro, que o estado apresentou queda no número de novos casos.

Também foi registrada queda de 5,4% no número de internações. Na 13ª Semana Epidemiológica foi registrada média móvel de 3,2 mil internações por dia, contra 3.381 registradas na semana anterior, que também havia sido a mais alta desde o início da pandemia.

Já os óbitos, registro que demora mais a cair, teve um aumento de 15,5% na semana passada, com média móvel de 715 mortes por dia, maior registro já observado desde o início da pandemia.

Segundo o secretário de Saúde, essa queda no número de internações vem sendo observada também nos registros desta semana. Entre domingo (4) e hoje, a redução de internações já é de 21,9% em comparação ao mesmo período da semana passada.

Como esses números ainda estão altos, o governo paulista estuda manter as restrições no estado. O anúncio, no entanto, só deve ser feito na próxima sexta-feira (9). 

“O Centro de Contingência está discutindo a situação. Felizmente conseguimos uma desaceleração. Já há indicadores de melhora, pequena, mas é uma melhora que deve prosseguir nas próximas semanas. E estamos discutindo a necessidade de ampliação da fase emergencial ou não. Isso será feito até sexta-feira. É bem provável que continuemos com os níveis de restrição que temos hoje por mais algum tempo”, disse Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

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