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SEGURANÇA

Após ataque a embaixada brasileira no Congo, Itamaraty orienta funcionários a ficarem em casa

Prédio foi alvo de ataques na terça-feira

Bandeira do BrasilBandeira do Brasil - Foto: Pixabay/Reprodução

Um dia depois de a Embaixada do Brasil em Kinshasa, na República Democrática do Congo, ter sido alvo de ataques de manifestantes, que arrancaram do mastro a bandeira nacional, o governo brasileiro determinou que os funcionários da representação trabalhem de casa, em regime de home office. O objetivo foi mantê-los protegidos do conflito com grupos rebeldes.

Segundo interlocutores do Ministério das Relações Exteriores, nesta quarta-feira não foram verificados novos ataques. Além da embaixada brasileira, representações de outros países também foram atingidas.

Atualmente, a Embaixada do Brasil está sob o comando do encarregado de negócios Cícero Freitas. Há auxiliares locais: três brasileiros, três da República Democrática do Congo e quatro da República do Congo. Já a comunidade de brasileiros é pequena, composta em sua maior parte por missionários.

Em nota divulgada na noite de terça-feira, o governo brasileiro informou ter recebido a notícia com preocupação. Para o Itamaraty, há um quadro de "deterioração da situação humanitária e a perpetração de violência contra a população e infraestrutura civis".

“O governo brasileiro expressa grave preocupação com os ataques a representações diplomáticas estrangeiras ocorridos hoje, em Kinshasa, inclusive à embaixada do Brasil, cuja bandeira foi retirada e levada pela multidão”, destaca um trecho da nota.

No texto, do governo recomendou que brasileiros e brasileiras residentes, em trânsito ou com viagem marcada no país acompanhem a página e as mídias sociais da Embaixada do Brasil em Kinshasa, mantenham-se informados sobre a situação de segurança nas áreas onde se encontram e evitem aglomerações.

"O Brasil exorta os atores envolvidos no conflito a retomarem o acordo de cessar-fogo e a se engajarem nos esforços de mediação em curso, sobretudo no âmbito dos processos de Luanda e de Nairóbi, com vistas ao arrefecimento das tensões regionais e à obtenção da paz sustentável na região dos Grandes Lagos", diz um trecho da nota.

De acordo com o Itamaraty, o telefone de plantão do setor consular da Embaixada em Kinshasa (+243 81 268-6274) está à disposição para atender brasileiros em situação de emergência.

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