guerra na ucrânia

Após ataques contra refinarias na Rússia, 20 pessoas morrem em bombardeios russos em Odessa

Autoridades falam em mais de 70 feridos na cidade, principal porto da Ucrânia e que é alvo recorrente de ações russas

Bombeiros fazem operação de busca em escombros de prédio atingido por mísseis russos em OdessaBombeiros fazem operação de busca em escombros de prédio atingido por mísseis russos em Odessa - Foto: Serviço de Emergência da Ucrânia / Divulgação

Ao menos 20 pessoas morreram e mais de 70 morreram nesta sexta-feira (15) em um dos ataques mortais contra Odessa, a grande cidade portuária no sul da Ucrânia, às margens do Mar Negro, atacada duas vezes nos últimos dias.

O presidente Volodimir Zelensky denunciou o "ataque infame" realizado com duas missões. O segundo míssil atingiu "no momento em que os socorristas e médicos chegaram ao local".

Segundo o último balanço do procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, 20 pessoas morreram e 73 ficaram feridos.

“Entre os mortos são moradores, um paramédico e um socorrista”, disse o governador regional Oleg Kiper no Telegram.

A Prefeitura decretou um dia de luto para o sábado (16) depois do ataque, um dos mais letais em Odessa desde o início da invasão russa contra a ex-república soviética, há mais de dois anos.

“O terror russo em Odessa é um sinal de fraqueza do inimigo, que luta contra civis ucranianos em um momento em que não consegue garantir a segurança do seu povo no seu próprio território”, disse Andrei Yermak, um alto funcionário do governo ucraniano.

Com estas declarações, Yermak referiu-se aos recentes ataques ucranianos e às incursões de milícias russas pró-ucranianas em território russo.

Segundo o exército ucraniano, as forças russas dispararam “mísseis balísticos Iskande”, vindos da Crimeia, uma península ucraniana anexada em 2014 pela Rússia, e o local sofreu dois ataques consecutivos, indicou o serviço de emergência.

O primeiro disparo de um míssil danificou a infraestrutura civil e provocou um incêndio. O serviço de emergência informou sobre a chegada das equipes de resgate, que resultou a "apagar o fogo, limpar os escombros e procurar vítimas", quando "o inimigo lançou outro bombardeio com mísseis".

Imagens divulgadas pelas autoridades mostraram socorristas exaustos, cobertos de sangue, enquanto apagavam as chamas e cuidavam dos feridos.

Este sangrento ataque em Odessa foi o terceiro desde o início de março.

Em 3 de março, um ataque de drones contra um prédio matou 12 pessoas, incluindo cinco crianças. Em 6 de março, durante uma visita de Zelensky e do primeiro-ministro Grego, Kyriakos Mitsotakis, um bombardeio deixou cinco mortos.

A Rússia intensificou, nos últimos meses, os ataques em Odessa e em seu porto, uma importante rota para as exportações de cereais da Ucrânia no Mar Negro por meio de um corredor marítimo - reaberto por Kiev desde que Moscou finalizou o acordo mediado pela ONU que permitia o transporte dos grãos.

O bombardeio contra Odessa coincide com o primeiro dia das eleições presidenciais na Rússia, em que o presidente Vladimir Putin, no poder há 24 anos, tem sua reeleição praticamente garantida.

O pleito também ocorre nos territórios ocupados pela Rússia na Ucrânia e na Transnístria, um território separatista pró-russo localizado na Moldávia.

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