Vacinas

Covax deve enviar ao Brasil 4 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 em maio, diz Saúde

As doses a serem fornecidas pelo consórcio são da vacina AstraZeneca/Oxford, e fazem parte de um acordo negociado pelo ministério com a iniciativa da OMS

Consórcio Covax Facility envolve governos, laboratórios e fabricantes de vacinasConsórcio Covax Facility envolve governos, laboratórios e fabricantes de vacinas - Foto: AFP

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (28) que a entrega de 2 milhões de doses de vacinas contra a Covid que estavam previstas pelo consórcio Covax Facility para junho será novamente antecipada para maio.

Com isso, o consórcio, que até então vinha passando por atrasos no cronograma, deverá enviar ao Brasil cerca de 4 milhões de doses ao todo no próximo mês, já que 2 milhões já estavam previstas para entrega.

As doses a serem fornecidas pelo consórcio são da vacina AstraZeneca/Oxford, e fazem parte de um acordo negociado pelo ministério com a iniciativa da Organização Mundial de Saúde no último ano.

O cronograma de fornecimento, porém, vinha sendo alvo de entraves devido a problemas técnicos junto aos produtores.

Inicialmente, a previsão era que a Covax enviasse ao Brasil até 9,1 milhões de doses até maio -deste total, no entanto, apenas 1 milhão já foi entregue até o momento. Em meio aos atrasos, o cronograma havia sido revisto, chegando a ter previsão de entrega até o próximo mês de 8 milhões, seguida de 4 milhões e, depois, 2 milhões, volume previsto na última versão.

A Covax prevê ainda entregas da Pfizer, cujo calendário precisa ser confirmado. A princípio, deve ocorrer até junho.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, com a nova estimativa da Covax, o total de doses de vacinas previstas para o mês de maio no país, somados diferentes fornecedores, passará de 32,5 milhões para 34,5 milhões.

O anúncio ocorreu após reunião do comitê de enfrentamento à pandemia da Covid, no Palácio do Planalto.

De acordo com o secretário, a pasta também irá receber uma primeira remessa de vacinas da Pfizer nesta quinta (29), a qual soma 1 milhão de doses. O maior volume de entregas pela empresa, no entanto, ainda é previsto para o segundo semestre. No último ano, o governo chegou a negar três propostas da empresa spara fechar contratos mais cedo.

Em outro impasse no cronograma, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a admitir dificuldades para obter novas doses da Coronavac devido ao atraso para entrega de insumos que estavam previstos da China, situação que atrasou a produção e já leva alguns municípios a suspenderem a aplicação da segunda dose.

Segundo o ministro, a previsão é que novas doses sejam entregues no início de maio.

"Em alguns estados, em decorrência da dificuldade com o IFA vindo da China, alguns fizeram a primeira dose e a segunda não estava disponível", disse. "Esperamos que na semana que vem sejam distribuídas doses da Coronavac suficientes para que haja regularização nacional da segunda dose."

Nesta terça (27), o ministério divulgou uma nota técnica em que orienta que a segunda dose seja tomada mesmo fora do prazo.

Em outro anúncio, a pasta informou que deve finalizar um contrato com a Opas (Organização Pan-americana de Saúde) nesta semana para aquisição de medicamentos usados na intubação de pacientes graves com Covid em UTIs. A previsão é que a entrega ocorra a partir de maio. O ministério não citou quantidades.

De acordo com Cruz, a pasta também planeja fazer outro pregão internacional e nacional para tentar antecipar entregas desses remédios.

No encontro, Queiroga disse ainda que a pasta vê uma queda no total de novos casos de Covid, mas afirmou que o volume de registros ainda é alto. "Ainda estamos em um momento de muita seriedade na pandemia", disse ele, segundo quem há redução, por outro lado, na pressão sobre o sistema de saúde.

Sem dar detalhes sobre medicamentos ou prazos, ele afirmou que a pasta pretende aprovar um protocolo clínico de tratamento contra a Covid, o qual será analisado pela Conitec. Também pretende lançar um programa de testagem.

Questionado sobre a CPI que ocorre no Senado para investigar ações de combate à Covid, Queiroga disse apenas que prestará esclarecimentos.

"Minha preocupação imediata é com a CTI [centro de terapia intensiva], a CPI é atribuição do Parlamento, se me chamarem vou lá. Vamos prestar as informações que os senadores desejarem", disse.

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