Após adiamento da Anvisa, Queiroga defende autoteste de Covid
Ministro da Saúde diz que governo tem política de testagem da doença no país
Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiar a decisão sobre a liberação da venda de autotestes de Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (19), que irá se manifestar “de maneira tempestiva nos canais competentes”.
"A posição do ministério acerca do autoteste é clara, como é tudo aqui no governo do presidente Jair Bolsonaro. Nós já nos manifestamos favoráveis à venda de autotestes nas farmácias, em relação à política pública. A política pública são os testes na atenção primária. Nós estamos distribuindo testes aos municípios. Há uma política de testagem no Brasil", afirmou Queiroga.
O ministro rebateu críticas e disse que houve problema de abastecimento de testes, mas que não faltou o produto para a pasta. "Eu não vou adquirir 200 milhões de testes para deixar esses testes vencerem", afirmou.
O pedido de autorização foi enviado à agência na semana passada pela pasta. No documento, o ministério diz que "a autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19".
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Na solicitação, o ministério classificou a ferramenta como “excelente estratégia de triagem”. Relatora do pedido, a terceira-diretora da Anvisa, Cristiane Rose Jourdan, sustentou que a aprovação do autoteste pode ser benéfica para o controle da pandemia e que o exame caseiro é simples e de fácil manuseio para a população, mas que o resultado não é conclusivo.
O diretor Romison Mota pediu diligências sobre o tema em até 15 dias, isto é, informações adicionais ao ministério. O diretor-presidente, Antonio Barra Torres, e os demais diretores, Alex Campos e Meiruze Freitas, seguiram o voto de Mota.