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Jaboatão dos guararapes

Após dois incidentes com tubarão, praia de Piedade tem pouca movimentação nesta terça-feira (7)

O Corpo de Bombeiros reforçou a recomendação para que banhistas não entrem em locais proibidos para o banho

A praia de Piedade registrou dois incidentes com tubarão nos últimos diasA praia de Piedade registrou dois incidentes com tubarão nos últimos dias - Foto: Melissa Fernandes/Folha de Pernambuco

Após os dois incidentes com tubarão que ocorrerem nesta segunda-feira (6) e no domingo (5), a praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, está com pouca movimentação na manhã desta terça-feira (7). 

Em entrevista à Folha de Pernambuco, o Corpo de Bombeiros reforçou a recomendação para que banhistas não entrem em locais proibidos para o banho e também deu orientações para quem for entrar nas áreas permitidas. O objetivo é evitar que novos acidentes, como os ocorridos com os adolescentes em Piedade e com o surfista em Olinda, voltem a ocorrer no litoral pernambucano.
 


“O banhista tem que ter em mente que existem legislações hoje no estado e também nos municípios, principalmente em Jaboatão, que onde aqui a gente tem uma praia interditada, essa praia está interditada para banho. E a gente orienta que os banhistas procurem áreas de banho que tenham mar represados por arrecifes quando a maré estiver. Em maré alta de forma alguma a gente orienta que o banhista adentre o mar para banho, principalmente se a maré estiver cobrindo os arrecifes”, explicou o coronel Robson Roberto, presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit).

Bióloga marinha e pesquisadora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Danielle Viana analisa as causas de os maiores índices de ataques no litoral pernambucano serem na Praia de Piedade.


“Esse é o ponto mais crítico. Entre os 60 casos que aconteceram nesta faixa de 20 km entre o Paiva e o Pina, 15 desses ataques aconteceram aqui [Praia de Piedade], ou seja 25%. Porque essa é a área onde o canal topográfico subjacente à área de praia mais se aproxima da linha da costa”, comentou. 


“Esse é um canal profundo, que varia entre 5 a 8 metros, e é um canal que nós imaginamos que os tubarões de maior porte se utilizam dessa área para caçar, para procurar alimento. Então, a partir do momento que um banhista ou um surfista entra na água, em uma água turva, com pouca visibilidade, o tubarão não vai saber o que é aquilo, então ele vai morder, ele vai dar uma mordida investigativa”, acrescentou.

 

“Toda vez que ele decidir tomar um banho que procure essas áreas que são mais seguras, inclusive com água no máximo com altura até o joelho”, completou.

Na tarde desta terça-feira, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, reúne-se com prefeitos da Região Metropolitana do Recife para discutir ações de combate aos incidentes com tubarão no estado.

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