Após férias escolares, estudantes da rede municipal de Olinda retornam às aulas nesta segunda (25)
Mais de 25 mil alunos da rede voltam para este segundo semestre escolar
Mais de 25 mil alunos da rede municipal de Olinda voltaram às aulas nesta segunda-feira (25), que marca o início do segundo semestre escolar.
Localizada no bairro de Peixinhos, a Escola Municipal CAIC Profª Norma Coelho atende crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. A unidade funciona em regime integral, com grade que incluiu, além das disciplinas regulares, oficinas temáticas e de aprendizagem.
A escola foi um dos locais de abrigo durante as fortes chuvas que atingiram a cidade no fim de maio. De acordo com o gestor administrativo da unidade, Francisco Oliveira, um dos principais desafios do retorno, que também ocorre em meio às defasagens causadas pela pandemia, é garantir que os alunos frequentem a escola e alcancem as habilidades indicadas para as respectivas faixas etárias.
“Ainda estando no finalzinho da pandemia e com a gravidade das chuvas que acometeram o município, o desafio é tentar garantir primeiro que a criança esteja na escola. Esse é o nosso grande desafio, já era o desafio da escola pública e das escolas municipais de Olinda e agora se agravou. Então, a gente precisa trazer essa criança de volta pra escola e garantir a alfabetização na idade certa. Garantir que elas sejam alfabetizadas, seja no aspecto da linguagem, seja na alfabetização matemática”, comentou.
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O gestor escolar destacou, ainda, o plano de ações montado para este segundo semente letivo. “Com a solicitação da Secretaria de Educação de Olinda e da Prefeitura, todas as escolas foram convidadas a montar um plano de ação estratégico e emergencial para dar conta dessas defasagens de aprendizagens que acometeram as nossas crianças devido à pandemia e à questão das chuvas. Então, nossa escola montou um plano de ação, que vai ser executado agora no segundo semestre que inicia hoje. Nosso foco é atender todas as crianças com a alfabetização da língua escrita e alfabetização matemática”, explicou.
“Mesmo estando na escola integral, que a gente tem aí 14 oficinas temáticas com diversos assuntos, todas as oficinas vão ser voltadas para o foco na alfabetização da língua escrita e na alfabetização matemática. A gente pretende chegar até dezembro com todas as crianças que estão fora da idade correta da sala alfabetizadas, para poderem prosseguir no ano letivo de 2023 e também garantir a permanência dessa criança na escola. A gente quer zerar o abandono escolar, zerar a evasão escolar, e garantir a qualidade da alfabetização e a melhoria da aprendizagem até dezembro”, completou.
Aluna do 5º ano, Tainá Gomes, de 11 anos de idade, foi uma das alunas que ficou abrigada na escola durante o período de chuvas. “Entrou água na minha casa”, contou. Após retornar para casa, ela celebrou a volta para escola tendo o local apenas como sala de aula. “Foi bom de ter voltado às aulas”, disse. Breno da Silva, também aluno do 5º ano, passou sete dias tendo a escola como abrigo. “Foi difícil, estou feliz de voltar a ter aula”, falou.
Pedro Vinicius, 11 anos, estudante do 4º ano, estava ansioso para iniciar o segundo semestre. “Eu estava com saudade da escola, dos amigos. É muito bom vir para a escola porque nós podemos aprender muito com os professores e levar pro futuro”, destacou.
A estudante Noemi Eloá, de 9 anos, também aluna do 4º ano, estava ansiosa para voltar às aulas. “Eu estava com saudade dos meus colegas, da minha professora. Porque eu gosto muito das professoras, então eu fiquei com muita saudade delas”, contou.
Ela também mostrou solidariedade aos colegas atingidos pelas chuvas. “Tem gente que perdeu a casa, que não tinha para onde ir. Eu me coloquei no lugar dessas pessoas porque eu acho que é uma dor muito grande”, disse.
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