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Após reunião na Casa Civil, presidente do Ibama diz que "nada foi rejeitado nem liberado"

Segundo Rodrigo Agostinho, ficou acordado que novo estudo de análise ambiental

Rodrigo Agostinho, presidente do IbamaRodrigo Agostinho, presidente do Ibama - Foto: Reprodução/Agência O Globo

Os ministérios de Meio Ambiente e de Minas Energia devem realizar em conjunto novos estudos ambientais na região da Foz do Rio Amazonas. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Rodrigo Agostinho, essa foi a decisão tomada em uma reunião realizada nessa terça-feira (23) entre os ministros, Petrobras e Casa Civil, no Palácio do Planalto.

Segundo Agostinho, após uma conversa longa e técnica ficou decidido que serão feitos os estudos necessários, chamados de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar, que o Ibama vinha solicitando desde 2012.

– Essa foi a decisão. Não significa que foi rejeitado nem que foi liberado, significa que a ciência vai nortear – disse Agostinho ao Globo.

Esses estudos, por serem da fase de planejamento, serão viabilizados pelos ministérios do Meio Ambiente e Minas Energia.

Mais cedo, antes de entrar na reunião, Agostinho havia dito que não cabe composição política em decisões técnicas.

– Eu emito 3.000 licenças por ano, não tenho como ficar em cada licença chamando todas as partes, buscando uma composição, porque não cabe composição (política) em decisões que são técnicas. Muitas vezes a gente vai tomar decisões que vão agradar um grupo de pessoas, desagradar outro grupo de pessoas.

A Foz do Amazonas é uma das regiões da chamada Margem Equatorial, que abrange todo o litoral norte e alcança a do Rio Grande do Norte, no Nordeste. A região é considerada ambientalmente sensível por reunir grande quantidade de fauna e flora marinha, além de concentrar grande parte dos manguezais do país.

A negativa do Ibama gerou tensão política entre o Ministério de Minas e Energia e o Meio Ambiente. No Palácio do Planalto, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, tentou mediar a disputa em duas reuniões com Marina e Silveira, mas preferiu deixar a mediação para Lula, que embarcou de volta ao Brasil logo após a coletiva.

Após a decisão do Ibama, a Petrobras chegou a informar que iria retirar os equipamentos localizados na Foz do Amazonas. Silveira orientou a estatal a manter a estrutura por ora. Depois, a Petrobras confirmou que vai recorrer da decisão do Ibama.

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