Apple restringe troca de arquivos nos iPhones na China
Essa mudança ocorre depois de essa função ter sido usada para divulgar material crítico do Partido Comunista Chinês
A Apple impôs restrições ao compartilhamento de arquivos nos iPhones vendidos na China, um recurso que pode ser usado para burlar a censura e divulgar informações hostis, ou críticas, ao poder.
A funcionalidade AirDrop de um iPhone permite o compartilhamento ilimitado de arquivos com outro aparelho Apple nas proximidades.
Na quarta-feira (9), uma atualização nos telefones do fabricante americano vendidos na China desativa essa função, automaticamente, após 10 minutos. Essa restrição torna quase impossível receber arquivos, inesperadamente, de usuários desconhecidos.
Leia também
• Putin não viajará a Bali para a reunião do G20
• Vínculos de Elon Musk com outros países "merecem ser examinados", diz Biden
• Biden confirmará no início do próximo ano se disputará segundo mandato
Essa mudança ocorre depois de essa função ter sido usada para divulgar material crítico do Partido Comunista Chinês em locais públicos, como aconteceu em um incomum protesto antigoverno em outubro.
A Apple não respondeu imediatamente a um pedido enviado pela AFP sobre comentários a respeito dessa mudança.
Na quinta-feira, alguns internautas comemoraram a notícia na rede social Weibo, afirmando que se trata de uma medida positiva destinada a "reduzir significativamente” o assédio por parte de desconhecidos.
Outros criticaram o CEO da Apple.
“Então, agora Tim Cook é membro do Partido Comunista?”, ironizou uma pessoa na rede.
A China monitora de perto a Internet no país, e há censores que excluem conteúdos críticos da política de Estado.