PERNAMBUCO

Professores aprovados em concurso estadual protestam por convocação imediata ao trabalho

Grupo faz manifestação diante do Palácio do Campo das Princesas

Protesto de professsores aprovados em concursoProtesto de professsores aprovados em concurso - Foto: Isabelle Barbos/Folha de Pernambuco

Aprovados no concurso para professores da rede estadual de ensino de Pernambuco protestam na manhã desta terça-feira (31), em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado, na área central do Recife.

Os manifestantes participaram do certame de 2022, que aconteceu no segundo semestre. Diante da não divulgação de datas, os professores foram às ruas reivindicar a convocação imediata dos aprovados nas 2.907 vagas ofertadas no edital, além da criação de novas vagas para cadastro reserva.

“O Ministério Público já provocou o gabinete do Estado para a divulgação do calendário de datas para convocação dos aprovados e dos classificados no cadastro reserva. Com esse ato, estamos tentando nossos primeiros diálogos. O concurso público deve ser prioridade para a valorização da educação”, afirmou o professor de Sociologia Renê Nascimento, um dos aprovados e membro da Comissão dos Aprovados.
 

Renê Nascimento é um dos aprovados e aguarda convocaçãoRenê Nascimento é um dos aprovados e aguarda convocação. Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O protesto, organizado pela Comissão dos Aprovados no Concurso da SEE-PE 2022, tem o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe).

A concentração ocorreu por volta das 9h, na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, na área central, de onde o grupo saiu em direção à sede do Governo.

No Palácio do Campo das Princesas, por volta das 10h50, representantes da comissão foram chamados para uma conversa com o secretário executivo de Articulação e Acompanhamento da Casa Civil, Rubens Júnior, que recebeu um ofício com as reivindicações da categoria.

Por meio de nota, o Governo de Pernmabuco informou que reconhece a importância de novos professores efetivos, ressaltando que o Estado está analisando a situação dos aprovados.

“O concurso público é uma reivindicação permanente. O número de contratos temporários é muito alto, é uma burla à constituição. Eles que sustentam as escolas. É um investimento que não permanece da rede de educação. É uma irresponsabilidade. Uma série de questões que podem comprometer a qualidade social da educação”, afirmou a presidente do Sintepe, Ivete Caetano.

As provas do concurso aconteceram no mês de agosto e a homologação, em novembro. De acordo com o edital, o certame tem validade de dois anos, contados a partir da data de publicação da homologação, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.

"O estado de Pernambuco, quando fez o concurso, assumiu a responsabilidade de ter as vagas e recursos para pagar esses trabalhadores. Não é justo que depois de tanto esforço e estudo, eles não sejam chamados. Estamos fortalecendo essa luta para que trabalhadores ocupem seus postos para atender da melhor forma a população que precisa muito da educação", informou o deputado estadual João Paulo (PT), que esteve no ato em apoio à categoria.

De acordo com a organização do ato, com dados da Secretaria de Educação, a rede estadual de ensino trabalha com aproximadamente 17 mil professores em regime de contrato temporário. Atualmente, a rede estadual de ensino conta com 1.059 escolas e mais de 500 mil estudantes matriculados. 

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