Arábia Saudita executou mais de 100 pessoas este ano
Sete das 106 execuções registradas este ano foram por crimes relacionados a drogas
A Arábia Saudita executou duas pessoas condenadas por tráfico de drogas, informou o Ministério do Interior nesta quinta-feira (18), elevando o número total de execuções realizadas este ano para pelo menos 106, de acordo com uma contagem da AFP.
A agência oficial de imprensa saudita informou o anúncio do ministério, dizendo que um dos executados era um cidadão saudita condenado por tráfico de anfetaminas e o outro um paquistanês condenado por tráfico de heroína, ambos em Meca.
As autoridades retomaram as execuções por delitos relacionados a drogas no final de 2022, após uma pausa de quase três anos.
Leia também
• Justiça reduz pena de condenado por morte de cinegrafista em protesto
• Cianeto: o que é a substância ligada à morte de seis turistas por dívida em Bangcoc
• Romênia duplica cotas de caça a ursos após morte de alpinista
Sete das 106 execuções registradas este ano foram por crimes relacionados a drogas, de acordo com a contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Em 2023, as autoridades executaram pelo menos 170 pessoas, incluindo 33 acusadas de crimes relacionados ao terrorismo.
No mesmo período do ano passado, o reino do Golfo havia executado pelo menos 74 pessoas.
Na segunda-feira, a Organização Europeia-Saudita para os Direitos Humanos, com sede em Berlim, condenou a Arábia Saudita por realizar “uma execução quase a cada dois dias”.
“Cem execuções em 196 dias demonstram a insistência do governo saudita em usar a pena de morte de forma extensiva, violando o direito internacional e seus compromissos oficiais”, disse a organização em um comunicado.