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Calor

Araçuaí (MG) registra calor de 44,8°C e iguala dia mais quente da história do Brasil

Município do Vale do Jequitinhonha com 34 mil habitantes alcançou neste domingo marca de Nova Maringá (MT). Em 2023, foram 8 ondas de calor registradas no país

Entrada de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha Entrada de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha  - Foto: Cristiano Machado/Imprensa MG

O município de Araçuaí (MG), distante 678 km de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, alcançou neste domingo a marca do dia mais quente registrado na história do Brasil. A cidade alcançou a temperatura de 44,8°C, a mesma que Nova Maringá (MT) bateu nos dias 4 e 5 de novembro de 2020. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Um aquecimento pré-frontal intensificou o calor no Nordeste de Minas Gerais, o que favoreceu as marcas das temperaturas mais altas. A oitava onda de calor que atuava pelo Brasil acabou no fim de semana. O fenômeno estava em atuação desde o dia 8 de novembro e causou altas temperaturas pelo interior do país.

Nos últimos 30 dias, o país registrou as duas temperaturas mais altas do ano. Além de Araçuaí, neste domingo, a cidade de Aragarças (GO) chegou a 44,3°C no dia 19 de outubro.

Antes de 2020, o recorde tinha sido registrado no dia 21 de novembro de 2005, em Bom Jesus (PI), quando a máxima foi de 44,7°C.

Nos últimos 30 anos, a média de dias em que o território brasileiro passou registrando ondas de calor aumentou de 7 para 53, mostra um novo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O trabalho define ondas de calor como "um mínimo de seis dias consecutivos em que a temperatura máxima supera um limiar de 10% do que é considerado extremo, comparado ao período de referência (1961-1990)".

E, de acordo com cientistas, o pior ainda está por vir. Em dezembro, haverá agravamento dos extremos climáticos no Brasil à medida que o El Niño avança para o pico de sua atividade. Os especialistas preveem que a seca na Amazônia se aprofundará, além de haver mais calor no Centro-Oeste e Sudeste e fortes chuvas no Sul. Preocupa a situação do Nordeste, já que a estiagem severa é dada como certa na região no início de 2024.

Previsão do tempo
A previsão do tempo para esta semana aponta para um início de temperaturas mais baixas em relação ao calorão que atingiu o Brasil e com a presença de chuvas nos próximos dias. Nesta segunda-feira (20), espera-se que as chuvas caiam fortes em todo o Centro-Sul.

No meio da semana, porém, os termômetros já vão indicar nova subida pelas capitais em todo o país.

De acordo com o Climatempo, a maior parte de Minas Gerais, que teve um domingo (19) de muito calor como nos últimos dias, deverá se juntar aos demais estados do Sudeste e partes do Centro-Oeste sofrendo alguma queda de temperatura, temporais isolados e possíveis ventanias. A máxima deverá ficar abaixo dos 30°C no começo da semana.

No Sul do país, a previsão é de que as regiões do interior gaúcho e catarinense tenham a influência de uma massa de ar seco, e o tempo fique firme após dias de chuva, enchentes e muitos estragos.

No entanto, uma nova virada no tempo começará na terça-feira (21) com ventos saídos da Argentina levando nuvens carregadas ao Paraná, Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul – onde o alerta inspira mais cuidados. No Sul e no Oeste gaúchos, a chuva deverá ser constante.

Segundo o MetSul, as regiões serranas gaúcha e catarinense deverão ter acumulados de chuva de 100mm, e o Norte de Santa Catarina pode chegar a 150mm até a quinta-feira (23), quando o calor diminui e as temperaturas cairão novamente.

Já no Sudeste e em parte do Centro-Oeste, chuvas muito fortes em pontos isolados e ventanias serão a tônica dos primeiros dias da semana. A atmosfera superaquecida pode provocar chuva de granizo em algumas cidades, e os ventos podem chegar a 100 km/h na área que pega o Norte de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. As temperaturas, no entanto, voltarão a subir no meio da semana após a queda entre a segunda e a terça-feira.

Partes do Norte e do Nordeste do país podem ter chuvas esporádicas provocadas pelo calor e umidade. A frente fria que está no centro do país, no entanto, não deverá ter força suficiente para diminuir o calor.

De acordo com o Inmet, as temperaturas continuarão quentes no começo da semana principalmente na região da Amazônia e no interior nordestino, e com tendência de estabilidade na maioria das cidades do litoral nordestino, com números pouco acima de 30°C nas máximas.

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