Área onde ocorreu operação com 18 mortes no Alemão teve aumento de 185% nos homicídios pela polícia
Foram 57 registros no primeiro semestre deste ano, contra 20 casos no mesmo período de 2021
No primeiro semestre deste ano, a área do 16º BPM (Olaria) — responsável pelo policiamento da área do Complexo do Alemão, onde uma operação da polícia terminou com 18 mortos, nesta quinta-feira (21) — teve um aumento de 185% nas mortes por agentes do Estado, na comparação com o mesmo período de 2021.
Foram 57 registros entre janeiro e junho, contra 20 nos primeiros seis meses do ano passado. No estado do Rio, em contrapartida, o índice apresentou uma queda de 22% este ano: 628 casos em 2022 contra 806 em 2021. Os números foram divulgados, nesta quinta-feira (21), pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).
A Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) 16 foi a terceira com mais mortes em confronto em todo o estado, ficando atrás das áreas do 15º BPM (Caxias) e 24ª DP (Queimados), ambas na Baixada Fluminense.
Os 57 mortos por agentes do estado na área do batalhão de Olaria em 2022 é o maior para a Aisp 16 desde 2008, quando foram registrados 83 autos de resistência ali. O mês com mais casos foi maio: 24 ocorrências.
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No dia 24 daquele mês, uma operação da Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal (PRF) deixou 23 mortos na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha — conjunto de favelas que também pertence à área do 16º BPM. Uma moradora morreu na ação. Os policiais militares e rodoviários admitiram à época dez mortes durante a ação.
Queda nos homicídios e roubos
Entre janeiro e junho, foram registrados 1.473 homicídios no estado do Rio, uma redução de 15% em relação ao mesmo período de 2021. O número é o menor para o primeiro semestre do ano desde1991, quando começa a série histórica do ISP. Se mantida a média mensal dos primeiros seis meses de 2022, este será o primeiro ano a terminar com menos de 3 mil homicídios no estado do Rio.
O estado também teve uma queda nos roubos de rua (a pedestre, de celular e em ônibus), de veículo e de carga no primeiro semestre, quando comparado com o mesmo período do ano passado.