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Argentina denuncia perseguição a opositores na Venezuela e ratifica vitória de González Urrutia

A oposição afirma possuir cópias de mais de 80% das atas e que González Urrutia obteve 67% dos votos

ArgentinaArgentina - Foto: Luis Robayo/AFP

A Argentina ratificou nesta quarta-feira (7) o reconhecimento de Edmundo González Urrutia como "vencedor indiscutível" das eleições presidenciais venezuelanas e condenou a formulação de acusações e a "prisão arbitrária" de membros da oposição, em um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.

"A República Argentina, conforme adiantado no comunicado oficial emitido em 2 de agosto, conclui de maneira inequívoca que o vencedor indiscutível da eleição presidencial que ocorreu na Venezuela em 28 de julho é Edmundo González Urrutia", afirma o documento.

O comunicado também "condena a formulação de acusações criminais contra o candidato presidencial vencedor e a principal líder da oposição, bem como a prisão arbitrária de figuras importantes de partidos políticos opositores, jornalistas e trabalhadores da imprensa".

Na sexta-feira, a chanceler argentina, Diana Mondino, declarou em sua conta na rede soxial X que González Urrutia é "o legítimo vencedor e presidente eleito", em um pronunciamento semelhante ao do chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken.

Horas após a mensagem de Mondino nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores argentino informou em um comunicado que o governo de Milei "acompanha com extrema atenção e preocupação os acontecimentos na Venezuela para se pronunciar de forma definitiva" sobre o assunto, o que ocorreu nesta quarta-feira.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) proclamou Maduro como presidente reeleito para um terceiro mandato com 51% dos votos contra 44% de González Urrutia.

A oposição afirma possuir cópias de mais de 80% das atas e que González Urrutia obteve 67% dos votos.

A posição de Buenos Aires resultou na expulsão do pessoal diplomático argentino da Venezuela, que teve que abandonar na quinta-feira a embaixada em Caracas, onde abrigava seis opositores venezuelanos como refugiados.

O Brasil assumiu a custódia da embaixada argentina e a proteção dos refugiados, assim como a proteção da embaixada do Peru, após a Venezuela romper relações diplomáticas com Lima na terça-feira.

No comunicado desta quarta, o Ministério das Relações Exteriores argentino reiterou "o apelo às autoridades venezuelanas para respeitar as obrigações que decorrem da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas no que diz respeito à imunidade e à inviolabilidade das sedes oficiais".

Também destacou que "a Residência oficial argentina em Caracas continua sem fornecimento de energia elétrica, interrompido há mais de uma semana", solicitando "mais uma vez seu pronto restabelecimento".

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