Argentina e EUA assinam acordo de cooperação sobre lítio e outros 'minerais críticos'
Os EUA já haviam assinado memorandos sobre a produção desses minerais com outros países da região, como Peru e Chile
Argentina e Estados Unidos assinaram nesta quinta-feira (22), em Buenos Aires, um memorando de entendimento para fortalecer a produção de minerais indispensáveis para a transição energética, entre eles o lítio, do qual o país sul-americano possui a terceira maior reserva mundial.
O acordo "visa a fomentar os investimentos em exploração, extração, processamento e refino, e reciclagem e recuperação de minerais críticos por meio da cooperação entre as partes, principalmente a assistência financeira e técnica para o seu desenvolvimento", informou a Chancelaria argentina.
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O documento foi assinado pela ministra argentina das Relações Exteriores, Diana Mondino, e pelo subsecretário de Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente do Departamento de Estado americano, José Fernández, que faz um giro pela região.
"Ao assinarem esse memorando, Estados Unidos e Argentina avançam no interesse comum de apoiar a transição energética e implantar tecnologias de energia limpa", destacou o governo americano.
Os Estados Unidos já haviam assinado memorandos sobre a produção desses minerais - entre os quais também se destacam o níquel e cobalto - com outros países da região, como Peru e Chile. Este último faz parte do "Triângulo do Lítio", área que poderia conter mais da metade das reservas mundiais desse elemento, segundo especialistas.
Elemento imprescindível para a transição energética, o lítio é chave para as baterias de carros elétricos e smartphones. Nesse sentido, a Chancelaria argentina destacou a importância de continuar sendo "um provedor confiável de recursos estratégicos", e disse que espera "continuar colaborando com os Estados Unidos para garantir o fornecimento de minerais essenciais".