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Coronavírus

Argentina e México exigem acesso igualitário às vacinas contra a Covid-19

Presidentes afirmaram que os imunizantes estão sendo acumulados pelos países ricos

Presidentes do México, Lopez Obrador, e da Argentina, Alberto FernandezPresidentes do México, Lopez Obrador, e da Argentina, Alberto Fernandez - Foto: Alfredo Estrella/AFP

O presidente da Argentina Alberto Fernández e o do México Andrés Manuel López Obrador exigiram, nesta terça-feira (23), um acesso igualitário à vacina contra a Covid-19, que está sendo acumulada pelos países ricos, segundo eles.

Fernández, que realiza uma visita oficial ao México, explicou que em seus encontros privados com López Obrador vai propor que ele se junte a uma proposta que a Argentina impulsionará com a França no G-20.

"A ideia é levantar no G-20 a necessidade de declarar a vacina contra a Covid-19 um bem global de tal modo que cedam os direitos intelectuais e todos os países possam produzi-las livremente", disse Fernández em coletiva de imprensa junto ao presidente mexicano.

López Obrador pediu por sua vez uma intervenção mais decidida da ONU para garantir que todos os países tenham acesso à vacina porque até o momento, explicou ele, somente cerca de 80 contam com o imunizante e, desses 80, dez acumulam 80% das doses.

"Há mais de 100 países que não têm uma só dose da vacina. Isso é totalmente injusto. Onde está a fraternidade universal? A ONU tem que intervir porque parece um vaso, é um enfeite", criticou López Obrador.

Na semana passada, o México - que preside a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribe -  abordou este assunto no Conselho de Segurança da ONU com o argumento de que "a segurança de toda a humanidade" depende do acesso à vacina.

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