Argentina

Argentina inicia anúncio de medidas econômicas dizendo que é preciso eliminar "vício em déficit"

Transmissão do vídeo atrasou duas horas

Ministro da Economia, Luis Caputo, ao chegar ao ministério para gravar o vídeo com o pacote econômico do governo Milei Ministro da Economia, Luis Caputo, ao chegar ao ministério para gravar o vídeo com o pacote econômico do governo Milei  - Foto: Reprodução

Com duas horas de atraso, o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, iniciou, pouco depois das 19h, o seu aguardado anúncio das primeiras medidas econômicas do governo do novo presidente do país, Javier Milei.

No vídeo, cuja transmissão está em curso, Caputo dedicou até agora os dez primeiros minutos a explicar que o principal problema da economia argentina é o desequilíbrio das contas públicas e a dificuldade de financiar o grande déficit fiscal. "Gastar mais do que se arrecada", nas palavras dele.

- Sempre gastaram mais do que se arrecada, independentemente de quanto se arrecadava.

Ele afirmou que, em 123 anos, a Argentina teve déficit fiscal em 113 anos. E disse que a inflação, sentida pelas pessoas no cotidiano, é apenas "a consequência" do problema final. E diz que a solução é acabar com o que chamou de "vício em déficit fiscal".

Quem é Luis Caputo, o "Messi das finanças"
O economista Luis “Toto” Caputo, de 58 anos e escolhido por Javier Milei para comandar o Ministério da Economia, foi presidente do Banco Central e ministro das Finanças do governo do ex-presidente Mauricio Macri, com quem estudou no colégio de elite Cardenal Newman, em Buenos Aires.

Formado em economia pela Universidade de Buenos Aires, também é primo-irmão de Nicolás Caputo, empresário da construção civil e um dos melhores amigos do ex-presidente.

No governo Macri, Caputo assumiu a secretaria de Finanças em dezembro de 2015. Ele foi um dos defensores da divisão em dois do então ministério da Economia. Este foi desmembrado em uma pasta da Fazenda e uma de Finanças. Caputo assumiu a segunda em 2017. No ano seguinte, foi para o Banco Central, mas ficou apenas três meses no posto.

Caputo liderou o retorno do país aos mercados internacionais e assegurou financiamento externo à Argentina, após o calote herdado do governo de Cristina Kirchner.

O feito lhe assegurou o apelido de "Messi das finanças". Alguns de seus ex-subordinados juram que era um apelido que ele mesmo se atribuiu.

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