Repressão na Venezuela

Argentina repudia corte de luz de embaixada em Caracas onde estão opositores de Maduro

Declaração ocorre um dia após líder chavista dar um prazo de 72 horas para a delegação diplomática argentina deixar o país

Protestos contra a reeleição de Nicolas Maduro na VenezuelaProtestos contra a reeleição de Nicolas Maduro na Venezuela - Foto: Juan Barreto/AFP

O governo argentino repudiou nesta terça-feira (30) o que chamou de “hostilização” de sua embaixada na Venezuela – e responsabilizou o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro pelo corte de energia elétrica na sede diplomática, onde se refugiam seis opositores do regime chavista.

A declaração ocorre um dia após Maduro dar um prazo de 72 horas para a delegação diplomática da Argentina deixar o país.

Em comunicado, o governo argentino advertiu sobre “qualquer ação deliberada que coloque em perigo a segurança do pessoal diplomático da Argentina e dos cidadãos venezuelanos sob proteção” que permanecem na embaixada.

A administração do presidente Javier Milei também fez “um apelo à comunidade internacional sobre a importância de lutar pelo cumprimento das normas internacionais que regem as relações diplomáticas entre os Estados”.

Nesta segunda-feira, o governo venezuelano anunciou a retirada do pessoal diplomático da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai do país, bem como a saída dos seus próprios representantes nestas nações.

A decisão foi feita após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ter declarado a vitória de Maduro nas eleições sem apresentar as atas da votação.

O resultado foi amplamente criticado pela comunidade internacional, incluindo os países citados, que exigiram transparência no pleito.

Milei havia denunciado “uma fraude” no processo eleitoral da Venezuela – e rejeitou a reeleição de Maduro para um terceiro mandato.

No âmbito sul-americano, restaram na Venezuela apenas as embaixadas da Bolívia e talvez do Brasil e Colômbia (governos que, ainda que não tenham reconhecido a vitória do chavista, sustentam a necessidade de esperar para ver dados concretos antes de avalizar ou condenar o processo eleitoral que determinou a continuidade de Maduro no poder até 2031).

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