Argentina ultrapassa 100.000 infecções por Covid-19 em um dia
A ocupação das salas de terapia intensiva atualmente é de 37,5%
A Argentina, que desde o final de 2021 enfrenta um aumento vertiginoso das infecções por Covid-19, ultrapassou a barreira dos 100 mil novos casos nesta quinta-feira (6) e se posiciona como um dos países da América Latina onde a doença avança mais rapidamente.
Com os centros de testes sobrecarregados com a disseminação da variante ômicron, nas últimas 24 horas foram registrados 109.608 novos casos e 40 mortes.
Devido ao aumento das infecções, a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, pediu às pessoas que estão em contato próximo com um paciente, mas não apresentam sintomas, que se isolassem e evitassem ir a centros de exames.
“Acho que algumas medidas devem ser tomadas. Me parece que tudo é muito liberado e as pessoas não se cuidam muito. Agora estão começando a ver mais máscaras, mas há duas semanas era como se não houvesse pandemia”, Sol Castaño, um estudante de música de 21 anos que esperava para fazer o teste, disse à AFP depois de ter pego a doença.
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Observando que mais de 72% da população tem o esquema completo de vacina de duas doses, Vizzotti disse que “uma nova variante surgiu com uma situação diferente, com transmissibilidade extraordinária, mas com uma gravidade muito menor”.
A variante ômicron foi detectada na Argentina pela primeira vez em 5 de dezembro. A ocupação das salas de terapia intensiva atualmente é de 37,5%.
Na última semana, os novos casos aumentaram 155% em relação à semana anterior, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais.
“A ômicron está nos trazendo muitas surpresas. Não sabemos qual será o teto. Não há como impedir a transmissão”, disse Sonia Tarragona, chefe de gabinete do Ministério da Saúde.
Com uma população de 45 milhões de habitantes, a Argentina tem até agora mais de 6 milhões de infecções e 117.386 mortes por Covid-19.