Armas apreendidas de criminosos serão usadas pela força pública no Equador
As armas, que costumavam ser destruídas, agora passarão para as mãos dos agentes públicos
O Equador permitirá que seus policiais e militares usem armamentos apreendidos do narcotráfico e do crime organizado, depois que um tribunal superior decidiu que se tratam de bens de interesse público, informou o secretário de Segurança, Wagner Bravo, nesta quinta-feira (13).
"Essas armas, uma vez concluídos os processos da Promotoria e dos juízes, poderão ser entregues ao comando conjunto (das Forças Armadas) por meio do Controle de Armas, registradas e disponibilizadas à polícia para uso imediato", disse Bravo ao canal local Teleamazonas.
Ele acrescentou que as armas mais confiscadas em operações contra o tráfico de drogas incluem revólveres calibre 38, pistolas 9 mm, submetralhadoras, espingardas e fuzis. O crime organizado "está usando armamento pesado", observou.
As armas, que costumavam ser destruídas, agora passarão para as mãos dos agentes públicos após uma decisão da Corte Nacional de Justiça que dá sinal verde para que juízes declarem esses itens como de interesse público.
O ministro do Interior, Juan Zapata, estimou no Twitter que "cerca de 30.000 armas confiscadas do crime organizado" poderiam ser utilizadas pela polícia e pelas Forças Armadas "para combater o crime e zelar pela segurança".
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Localizado entre Colômbia e Peru, os principais produtores mundiais de cocaína, o Equador apreendeu 455 toneladas de drogas durante o governo do presidente Guillermo Lasso, que está no poder desde maio de 2021.
Naquele ano, foi registrado um recorde anual de apreensões de entorpecentes, totalizando por volta de 210 toneladas.
Paralelamente ao narcotráfico, aumentaram os homicídios. O país encerrou 2022 com uma taxa de 25,75 homicídios para cada 100.000 habitantes, segundo a unidade policial Dinased, responsável por investigar mortes violentas e desaparecimentos.
Este ano, até junho, essa taxa é de 18 para cada 100.000 habitantes.