Armas de gel: operação apreende mais de 3,5 mil unidades em lojas do Centro do Recife
Cinco pessoas foram detidas e tiveram fianças arbitradas
Uma operação da Polícia Civil de Pernambuco apreendeu 3.510 armas que disparam bolas de gel em estabelecimentos comerciais localizados no bairro de São José, no Centro do Recife.
Segundo a corporação, cinco pessoas foram detidas, levadas à delegacia e tiveram fianças arbitradas.
A Operação Coalizão foi deflagrada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor (Decon), na última sexta-feira (13), segundo informou nesta terça-feira (17) a Polícia Civil.
As diligências tiveram como objetivo promover abordagem e fiscalização em estabelecimentos comerciais da área central da capital pernambucana.
Leia também
• Armas de gel: sobe para 80 número de pessoas com ferimentos atendidas na Fundação Altino Ventura
• Armas de gel: Paulista sanciona lei que proíbe fabricação, distribuição e venda na cidade
• Autoridades de segurança alertam a população sobre uso de armas de gel: "Não é brinquedo"
Cinco lojas foram vistoriadas e, nos locais, os policiais da Decon encontraram as armas de gel com origem fiscal ilícita e/ou apresentando irregularidades no selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Os autos de prisão em flagrante delito foram expedidos contra as cinco pessoas após análise do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e não apresentação de notas fiscais dos produtos.
Outras informações sobre a operação serão detalhadas na manhã desta terça-feira pela polícia, em coletiva de imprensa no Recife.
Alerta contra armas de gel
As armas de gel já causaram 80 atendimentos a pacientes com ferimentos nos olhos até o último balanço da Fundação Altino Ventura (FAV), com números até domingo (15).
Os ferimentos identificados variam entre arranhões na córnea, inflamações e sangramentos.
Na semana passada, duas cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) fecharam o cerco contra as armas de gel.
Em Paulista, foi sancionada uma lei que proíbe fabricação, distribuição e venda na cidade. E em Olinda, decreto da prefeitura proibiu uso e comercialização dos artefatos.